26 Feb 2025
O novo projeto cultural pretende trabalhar as áreas artísticas da música, fotografia, artes plásticas e o cinema, propondo a estes 40 jovens que entre o seu lugar na cultura oliveirense e atraia a restante comunidade
>‘Não Lugar’ quer explorar nova perspetiva da cultura
No passado dia 08 de fevereiro, no antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, foi a apresentado o projeto ‘Não Lugar’, que consubstancia a ação Capacita-te - Inclusão pela Arte, da Operação 'Percursos com Sucesso', integrada no Plano de Ação das Operações Integradas do Território de Intervenção PAOITI-AMP Sul. Esta é uma nova resposta cultural que é produzida por 40 jovens, dos 15 aos 18 anos, com o apoio do município.
Foi a 15 de janeiro, que um conjunto de jovens ocupou o 'seu' Quartel - salão do antigo Quartel do Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis - que vai acolher todas as criações artísticas deste grupo.
No dia da apresentação pública deste grupo, Brígida Ramos, uma das coordenadoras do projeto, explicou qual o objetivo do mesmo. “Com base numa vontade de alguém, que em tempos criou uma estratégia para o município e que pensou na importância de criar uma estratégia para a cultura, além daquilo que são as estruturas físicas, é preciso criar uma habituação, criar aproximação e trabalhar em comunidade”, neste sentido, a trabalhar desde novembro, “aquilo que pretendemos, ao longo deste período de tempo que termina em dezembro deste ano, é conseguir possibilitar o cruzamento, a exploração e o cruzamento de diferentes áreas artísticas, como a música, a fotografia, as artes plásticas e o cinema. Onde, entre essa exploração, conseguimos também estudar, aprender alguns dos conteúdos e algumas tradições do nosso concelho e dar-lhes um significado de tudo isto e tornarmos um pouco mais contemporâneos, de forma a que esta geração aprenda, consiga absorver e que nos devolva a interação”, explicou.
O porquê da escolha do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis prende-se pelo facto “de estar no centro da cidade. E só nos faz sentido ter este projeto no centro da cidade, para que toda a comunidade se cruze connosco. Que é a intenção também, que a comunidade se inquiete e entre”, prosseguiu Brígida Ramos.
“O município apostou neste projeto porque acredita nele. Um projeto que é enquadrado num conjunto de iniciativas, que o município viu financiadas no âmbito de uma ação de apoio às comunidades que consideramos desfavorecidas. E neste caso, não lugares, poderíamos eleger qualquer faixa da população. Com este projeto trabalhamos os jovens, porque assim o definimos, temos outros projetos que trabalham outras faixas etárias e o objetivo era mesmo correr todo o espetro da comunidade, no sentido de lhe acrescentar, e nada melhor do que acrescentar através da cultura, da arte e é isso que eu acredito que este projeto mostrará.”
Inês Lamego, vereadora da câmara municipal
“Este projeto é um símbolo de uma comunidade aberta e sã, algo que os bombeiros também respondem. Nós somos, obviamente, membros de toda a comunidade e, de uma forma voluntária, ajudamos essa mesma comunidade. Temos todos símbolos diferentes de o fazer e, quando a Brígida me envia um e-mail foi, inicialmente, um pouco chocante, mas depois verificámos que seria uma oportunidade também para dignificar os 119 anos de história que os bombeiros de Oliveira de Azeméis completam este ano.”
João Pinho, presidente da Ass. Humanitária dos BV de Oliveira de Azeméis