> AZ TV/FM ouviu casais com mais de meio século de matrimónio
A 14 de fevereiro o amor andou no ar, conhecido mundialmente como o Dia dos Afetos, dos Namorados, ou, ainda, o Dia de S. Valentim, a Azeméis TV/FM foi à procura de histórias inspiradoras e duradouras entre casais de mais idade. Neste sentido, ouvimos três casais diferentes e que estão hospedados na Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis. Conceição Pinho, casada com Manuel Prim há 63 anos; Branca Lisete e Celso Marques, casados há mais de 60 anos; e Maria José Campos, casada com Emiliano Dias há 68 anos.
“O segredo é amor, paciência e tolerância. O nosso casamento teve altos e baixos como todos. Com muitos anos tem que haver altos e baixos, mas vão-se superando. Tem que haver muita compreensão para um casamento dar certo. O meu marido quando adoeceu veio para aqui [Santa Casa da Misericórdia] e eu fiquei em casa. Mas ao fim de três anos, achei que não era vida para mim. Porque o amor continua. Eu resolvi vir para aqui. Desfiz-me de tudo e vim para junto dele, e sinto-me feliz.”
Conceição Pinho, casada com Manuel Prim há 63 anos
“Eu acho que é uma questão de forma de ser. Eu sou mais ativa. O meu marido é mais calmo. Cada um tem os seus defeitos e as suas qualidades, mas, no fim somos felizes. Acima de tudo, para além de sermos marido e mulher, nós somos dois amigos. Não só nos amamos como casal, mas amamo-nos como amigos e pessoas.”
Branca Lisete, casada com Celos Marques há mais de 60 anos
“Até hoje, temos vivido sempre relativamente felizes e uma vida normal de casal. Penso que hoje [entre os jovens casais] deve ser um pouco mais complicado, mas deve haver também aqueles que realmente conseguem fazer um casamento longo e com amor. E nós temos vivido de uma forma bastante agradável e boa.”
Celso Marques, casado com Branca Lisete há mais de 60 anos
“Começamos a namorar à porta da minha casa, mas, fora do portão. Porque o meu marido só entrou dentro de casa quando me foi pedir em casamento, na época havia assim uma regras um pouco rígidas e quando estava a chover estávamos de guarda chuva (risos). Mas, passávamos tempos alegres. Eram tempos em que juntávamos algumas raparigas e brincávamos, conversávamos e ríamos umas com as outras. Para mim foi um tempo muito alegre. Do casamento tivemos três filhos, um rapaz e duas raparigas e estamos muito felizes. O meu desejo agora é chegar às bodas de diamante.”
Maria José Campos, casada com Emiliano Dias há 68 anos