Análise aos resultados das Autárquicas'2025 em Azeméis

O debate reuniu João Costa (PS), Adélia Teorgas (PSD) e Manuel Almeida (CHEGA), sob moderação de Eduardo Costa, para analisar a votação que redesenhou o equilíbrio político local. O PS manteve a maioria absoluta e aumentou o número de freguesias; o PSD reforçou presença na assembleia municipal; e o Chega teve um crescimento expressivo, elegendo pela primeira vez um vereador. Todos reconheceram o aumento da participação eleitoral e o envolvimento dos jovens como sinais de uma democracia mais ativa.

“O resultado é extremamente positivo. Pela primeira vez temos um presidente que vence três eleições consecutivas e renova a maioria na Câmara e na assembleia municipal. O PS manteve praticamente o mesmo número de votantes, num contexto com mais partidos e mais concorrência. Ganhámos o maior número de freguesias desde 1976, nove, e isso mostra confiança no trabalho feito. É um sinal de estabilidade e reconhecimento do esforço em governar com humildade. Agora queremos cumprir os compromissos assumidos, apostar na água, saneamento, juventude e concretizar a ‘Fábrica do Futuro’, que pode transformar o concelho.” 
João Costa, PS

“Não foram os resultados ideais, mas mostram que o PSD continua a ser uma força decisiva. Mantivemos o número de freguesias e vereadores e participámos ativamente na Assembleia Municipal. O objetivo era apresentar listas em todas as freguesias, renovar equipas e mostrar que o partido está vivo e virado para o futuro. Há locais onde o projeto não teve tempo de amadurecer, mas o essencial é ter voltado a mobilizar militantes e jovens. Agora é tempo de fazer o básico: resolver o saneamento, avançar com a zona industrial e mostrar coragem política. O PSD está preparado para reconstruir, ouvir e propor.” 
Adélia Teorgas, PSD

“O Chega foi o grande vencedor da noite. Passámos de um para três deputados na Assembleia Municipal e elegemos, pela primeira vez, um vereador na câmara. Crescemos quase três mil votos, o que mostra que as pessoas querem alternativas. Não roubámos votos a ninguém: foram os oliveirenses que nos confiaram esta responsabilidade. Vamos ser uma força construtiva, respeitando todos, mas sem silêncios. A abstenção caiu porque os jovens sentiram vontade de participar, e as redes sociais ajudaram a despertá-los. Há quarenta anos que se fala da zona industrial de Loureiro e nada se faz — faltou coragem política. Nós cá estaremos para cobrar e propor soluções.” 
Manuel Almeida, CHEGA