11 Jul 2023
Albino Pinho *
Escrever sobre os problemas da nossa terra, neste caso Fajões, onde quase todos se conhecem, é sempre um exercício que exige um certo equilíbrio para tentar não ferir nem gregos nem troianos.
O problema, ou assunto de momento, é a recuperação e transformação da antiga residência paroquial em salão paroquial, com anexo, e requalificação do adro e parte do passal. Obra necessária e ansiada, já pensada nos idos anos 60, e adiada por mais algumas vezes por motivos diversos, eis que finalmente há sinais que indicam que habemus obra.
Para o arranque deve haver já alguma verba disponível, algumas promessas, talvez ainda aquém do custo total, mas à nossa boa maneira o importante é dar o pontapé de saída, o resto com o tempo se verá. Outro problema, também bem à nossa maneira, é que há uma corrente a favôr do projecto atual e outra, que diz ser a maioria, que em surdina, assim tipo maioria silenciosa, como se a opinião fosse crime, acha que se devia respeitar o projecto anterior, com a demolição da antiga residência, e acusam a minoria de não ouvir a comunidade e tomar decisões em nome de todos.
Ouvi alguns das duas partes. Não faço julgamentos, nem tão-pouco sei os contornos de todo o processo. Admiro e respeito todos aqueles que fazem algo de positivo para a terra, cujo objectivo principal é de certeza o bem coletivo da comunidade fajoense. No entanto, para que todos colaborem é preciso que todos se envolvam, e para isso acontecer é preciso muita comunicação, diálogo e sempre muita informação e transparência em todo o processo, pois segundo a dita [maioria silenciosa} é isso que falta. A ser verdade, ou parte dela, há sempre tempo de reparar as coisas, e, porque não, enviar a cada paroquiano, ou família, um questionário sobre o assunto e depois comunicar e respeitar o resultado desse escrutínio a todos. É apenas uma sugestão pessoal para tentar evitar o minímo de divisões e dispersões no rebanho..
* Leitor Correio de Azeméis