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Correio de Azeméis

22 Jul 2024

Como envelhecemos…

Helena Terra Opinião

> Helena Terra

O envelhecimento é um processo contínuo e gradual de alterações naturais que começam na idade adulta. Durante o final da idade adulta, muitas funções corporais começam a deteriorasse gradualmente.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) é considerado idoso aquele que tem 60 ou mais anos de idade. Nos países desenvolvidos, essa etapa da vida começa oficialmente aos 65 anos, ainda que alguns se sintam bem jovens nessa idade e outros comecem a sentir certos desgastes bem antes. Certo é que não existe um idosómetro; ou seja, um aparelho que nos diga quando é que um determinado individuo é, de facto, um idoso. Depois este conceito, idoso, é variável em função da geografia das condições económicas e até do grau de formação do individuo.
Dito isto, forçoso se torna concluir que as pessoas não ficam velhas ou envelheçam numa idade específica. Tradicionalmente, a idade dos 65 anos foi designada como o começo da velhice. Mas a razão foi baseada na história, e, no dito primeiro mundo, em função de razões políticas económicas e sociais. Para esta designação em nada foi tida em conta a biologia. Há muitos anos, a idade de 65 anos foi escolhida, na Alemanha, como sendo a idade da reforma, apenas porque a Alemanha foi o primeiro país a criar um programa de Reforma ou aposentação. Em 1965, a idade de 65 anos foi definida nos Estados Unidos como sendo a idade em que a pessoa se tornava elegível para receber o seguro de saúde Medicare. Essa idade é próxima à idade em que a maioria das pessoas, em sociedades economicamente avançadas se aposenta. 
Em Portugal, atualmente, a idade da reforma é de 66 anos e quatro meses para as pessoas que dependem do sistema geral de Segurança Social.
O politicamente correto, no nosso país tem vindo a inovar vocabulário e designações, algumas vezes, com sentido e, outras vezes, apenas cedendo a modas de nichos sociais. O termo “idoso”, traduzido para “elderly” em inglês, é já obsoleto nas publicações científicas anglo-saxónicas especializadas em Geriatria e Gerontologia, tendo vindo a ser substituído por outros, sinceramente, nem sempre muito felizes. Em Espanha,  a meu ver, de forma mais feliz, utiliza-se frequentemente a expressão “mayor” que facilmente nos transporta para a aquisição de experiência e sabedoria com o aumento da idade cronológica. Ser maior é algo significativo!
Esta maioridade tem vindo a significar incapacidades provocadas por vários tipos de demência, dos quais a doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando mais de metade dos casos de demência diagnosticados.
O último estudo existente, datado de 2017, coloca Portugal como o 4º país da OCDE com mais casos por cada mil habitantes. Este mesmo estudo apontava naquela data cerca 220 mil portugueses com problemas de demência, estimando ainda, sobretudo devido ao envelhecimento acentuado da população que, em 2030, aquele número duplique.
Investigadores de todo o mundo apontam para que este venha a ser um dos principais problemas de saúde pública.
O tempo para agir ao nível de políticas integradas de saúde e segurança social, era ontem!

Helena Terra, advogada
 

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