4 Nov 2025
Elisabete Barnabé afirmou, na sua tomada de posse, que os tempo da dúvidas acabou
Cucujães > Elisabete Barnabé tomou posse como presidente
Cucujães é uma das freguesias do concelho onde houve mudança de partido do poder. Elisabete Barnabé, candidata independente pela coligação Aliança Democrática (PSD/CDS-PP), venceu a corrida autárquica, sucedendo assim ao socialista Simão Godinho que liderou a junta de freguesia nos últimos 12 anos. A nova presidente apelou à união na sua tomada de posse.
“A junta de freguesia é e será sempre a casa de todos. e o nosso compromisso é trabalhar com transparência, diálogo e proximidade para o bem comum porque, no fim, o que nos une é bem maior do que aquilo que nos separa: o amor por Cucujães. É uma honra poder servir a nossa terra, Cucujães, com dedicação, responsabilidade e espírito de missão”, começou por afirmar a presidente eleita no dia 12 de outubro.
Elisabete Barnabé sublinhou que “este é o início de um novo ciclo para a freguesia”. E acrescentou: “Este é um dia de responsabilidade, compromisso, verdade e, acima de tudo, união”.
A nova presidente da junta de freguesia eleita reconheceu o trabalho das equipas que antecederam, e afirmou ter vontade de fazer mais e melhor: “Agora cabe-nos continuar esse caminho com humildade, seriedade, frontalidade, verdade, dedicação e a firme vontade de fazer muito mais e muito melhor”, afirmou.
Diz também convictamente que o tempo das dúvidas acabou. “Sei que nem todos acreditaram, é natural. Quem quer mudar encontra sempre resistência. Mas o tempo das dúvidas acabou. Agora é tempo de mostrar com trabalho que valeu a pena confiar. Porque as palavras passam e as ações ficam. Quero que todos sintam que têm voz e que são parte integrante das nossas decisões, e que a freguesia se constrói com diálogo e respeito. Para nós, a oposição não é um adversário. A oposição é uma parte importante da democracia local”, afirmou.
Ambição de paz
A bancada da Aliança Democrática apresentou a sua lista para a presidência da Assembleia de Freguesia, liderada por Ana Maria Ferreira Neves. A lista A teve seis votos a favor e sete votos em branco.
Já no papel de líder do órgão deliberativo, Ana Maria Ferreira Neves assumiu perante a assembleia que assume o cargo com a promessa de que tudo fará para não trair a confiança nem defraudar as expectativas dos cucujanenses e que espera um mandato autárquico tranquilo.
“Espero de todos um comportamento de elevado civismo, respeito pelos outros e pelas suas ideias, as quais gostaria que fossem sempre suportadas numa linguagem correta, simples e objetiva. Postura digna de um eleito. Espero que estes próximos quatro anos de governação decorram num ambiente de paz, de concórdia e de progresso para todos os habitantes de Cucujães”, revelou.
PS fala de aliança AD-Chega
Ana de Jesus, candidata do PS derrotadas nas últimas eleições, iniciou o seu discurso a vincar aquilo que considerava uma aliança da Aliança Democrática com o CHEGA. “Quando um partido não tem a maioria, o bom senso e a responsabilidade exigem que se abra o diálogo, q-ue se aproximem posições de forma a garantir a estabilidade. Apurados os resultados, a AD elegeu seis deputados. O PS elegeu seis deputados e o Chega um deputado. Era sobre a AD que se impunha esta iniciativa de diálogo. O PS não foi contactado. Hoje percebemos que o diálogo de aproximação, negociação, foi feito com o Chega”, começou por afirmar.
“Só desejamos que para a junta de freguesia todos contem. Que em Cucujães não haja o nós e o eles, os bons e os maus. Separadas as águas, tudo fica claro. A AD governa com o apoio do Chega, o PS será oposição”, vincou Ana de Jesus.
Chega nega acordo com a AD em Cucujães
A insinuação feita por Ana de Jesus durante a tomada de posse motivou a emissão de um comunicado por parte do partido CHEGA, que interpretou a declaração como uma acusação de acordo político com a AD, o que o partido rejeita categoricamente.
Em comunicado assinado pelop presidente da concelhia do partido, Manuel Almeida, o CHEGA considerou tratar-se de “tamanha mentira”, sublinhando que “não houve qualquer conversa, entendimento, nem verbal nem escrito, entre o CHEGA e a AD nesta freguesia”.
O partido afirma ainda que “em política não vale tudo, e muito menos a mentira descarada”, e desafia a autora das declarações a retratar-se publicamente.
“Com o CHEGA, a mentira não passa. Estamos aqui para defender a verdade, a honra e o respeito que a vila de Cucujães merece”, conclui o comunicado.
Na própria sessão, o eleito do CHEGA, Leandro Silva, já havia sublinhado no seu discurso que “o CHEGA não será muleta de ninguém” e que atuará com “total transparência, verdade e proximidade”.
Chega é fiel da balança...
Leandro Silva foi eleito pelo CHEGA como deputado na Assembleia de Freguesia. “A confiança que os cucujanense depositaram em mim e no projeto do Chega é o sinónimo de que as coisas estão a mudar. (...) Muitos criticaram, muitos humilharam e muitos não acreditaram nesta candidatura. Mas os cucujanense mostraram exatamente o contrário”, começou por afirmar. “Assumo este lugar consciente que o meu papel poderá ser determinante nesta Assembleia. Ser fiel da balança não é motivo de vaidade, mas sim um peso acrescido de responsabilidade. Significa que cada decisão, cada voto, cada posição deve ser pensada com rigor, compromisso e com o interesse de cucujanenses sempre em primeiro lugar. Assumo este desafio com total transparência, verdade e proximidade. Estarei aqui para fiscalizar, propor e apoiar o que for bom, no meu entender.