> António Santos
A cidade de Oliveira de Azeméis é sede de um concelho vasto, sendo compreensível que assuma uma preponderância sobre as freguesias, no investimento camarário.
Já é por todos, sobejamente, conhecida a posição que o PSD tem sobre esta matéria, considerando que existe um manifesto exagero na concentração de investimento na sede do concelho, em detrimento de uma gestão mais harmoniosa e equitativa pelo restante território.
Diversas vezes é veiculada a ideia de que um concelho forte só é possível com uma cidade forte, como justificação para a concentração de investimento no centro da cidade, esquecendo que só fará sentido uma cidade atrativa se as populações a atrair tenham condições de acesso com qualidade, comodidade e conforto.
Ora, partindo do princípio que os cidadãos residentes no concelho querem aceder ao centro da cidade, quais as condições de acesso que encontram?
Os transportes públicos disponibilizados estão no estado amplamente conhecido, as vias rodoviárias de acesso, na sua grande maioria, num estado lamentável, desconsiderando a mobilidade suave, que faz sentido em ambiente urbano, mas sem espaço na maioria das viagens entre as freguesias e a cidade. Uma vez, acedendo à zona urbana o munícipe é confrontado com outra dura realidade, a falta de estacionamento público.
A falta de estacionamento público disponível é um flagelo para todo o ecossistema da cidade, fazendo desesperar todos quantos necessitem de parquear a sua viatura para aceder a serviços públicos, fazer compras, resolver assuntos burocráticos, ir ao banco, ao café ou aonde bem entenderem. A cidade deveria estar mais preparada para acomodar, mesmo que em terrenos limítrofes, as viaturas ligeiras dos cidadãos, que têm forçosamente de se deslocar pelos seus meios à cidade.
Independentemente dos argumentos a dirimir, a realidade é que a cidade não reforça o seu parque de estacionamento público há mais de uma década. Excluo aqui as cedências próprias das operações urbanísticas que não são mais do que obrigações legais a cumprir por quem constrói. Hoje, estacionar em Oliveira de Azeméis, em hora de expediente, exige muito tempo, muito combustível ou energia, perícia e sorte. O estacionamento público é uma fonte de receita para o município, mas não tem sido alvo de investimento público, pelo contrário, o terreno que deveria ser a resposta pública de estacionamento na zona nascente da cidade, junto à entrada do IC2, foi desclassificado por este executivo para permitir a construção de um estabelecimento comercial.
António Santos, Vice-Presidente daComissão Politica do PSD de OAZ