Cucujães recebeu ‘Mulheres com abril no coração’

‘Mulheres com abril no coração’ foi este o tema escolhido pela cucujanense Margarida Leite para o jantar que promoveu, em Cucujães, no Dia Internacional da Mulher. Numa noite pautada pela cultura, a associação entre as liberdades conquistadas com o 25 de abril e os direitos das mulheres foi o tema em destaque.
O jantar decorreu no dia 8 de março, dia Internacional da Mulher, na Quinta do Torreão e juntou dezenas de participantes. Margarida Leite, em declarações à Azeméis TV/FM, explicou que o jantar teve o intuito de “ser um jantar com elevado nível cultural e simultaneamente ter uma característica cívica porque vamos ter depoimentos de  mulheres que nos vão falar como era a vida das mulheres antes antes o 25 de abril, após o 25 de abril e o que se perspectiva para o futuro”. O evento contou com a presença de vários nomes sonantes, nomes conceituadas no mundo da arte, como Elisabete Sousa, a ulense Sandra Silva e Manuela Antunes, uma representante do Movimento Democrático de Mulheres e a advogada Manuela Rebelo que se debruçou sobre os direitos e deveres das mulheres na sociedade atual. No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril, ficou reforçada a ideia de que os direitos das mulheres só podem existir numa sociedade verdadeiramente livre.

“O título deste jantar é ‘Mulheres com abril no coração’, que são aquelas mulheres que querem celebrar este dia mas têm consciência da importância que o dia tem. Não é só um ‘dia da mulher’ para se divertirem, mas sobretudo um dia de consciencialização para aquele que é o papel da mulher na sociedade. A liberdade é uma luta contínua que todos terão que fazer para que seja uma realidade na sociedade em que estamos”.

Margarida Leite, organizadora do evento

“Efetivamente mulheres livres são mulheres que têm à sua disposição a plenitude daquilo que a sociedade lhes pode oferecer, que podem escolher aquilo que querem ser, aquilo que querem fazer, como se querem posicionar nessa sociedade e acho que é, de facto, muito oportuno que se misturem esses dois conceitos, abril, liberdade, e mulheres que vivem de forma livre, sendo aquilo que querem ser e assumindo na sociedade o papel que entendem que as realiza e fazem felizes”. 

Inês Lamego, vereadora da câmara municipal

“Permitam-me publicamente dar os parabéns à Margarida porque efetivamente fez um excelente trabalho, juntou dezenas de mulheres e teve uma ideia muito peculiar porque efetivamente juntou aquilo que são os direitos, os direitos gerais da população com o nosso 25 de abril e os direitos das mulheres que festejamos no dia de hoje. Ainda há, sobre a perspectiva daquele que é o papel da mulher na sociedade, ou em sua casa, ou no seu trabalho, um longo caminho a percorrer porque na verdade temos muitas características que nos diferenciam dos homens, nem melhores nem piores, e a diferença dentro das equipas é onde está a grande virtude para o sucesso”.

Joana Ferreira, vereadora da câmara municipal