Debate aquece em torno da dívida

“Desde jovem me envolvi na vida da freguesia socialmente, cultural e politicamente também. Fui presidente da junta em dois mandatos, ligado ao Real Nogueirense há cerca de 30 anos. Nos dois mandatos que fiz, abatemos dívidas de cerca de 140 mil euros. Se for eleito, proponho a manutenção dos parques infantis, a requalificação dos fontanários, o arranque das obras do Pavilhão da Noz, a recuperação da Casa do Arco e a criação de um campo sintético. A dívida nem havia de existir. Em 2009 deixaram-me uma dívida de 206.500 euros e apenas 1.800 em caixa. Em 2017 foi-nos entregue 237 mil euros e voltámos a baixar. Nos meus dois mandatos tive o cuidado de fazermos dívida mediante aquilo que pudéssemos encaixar no orçamento. Tive até de pagar do meu bolso 1.050 euros porque não mandaram as contas de gerência de 2008. Temos de estar atentos para que a dívida não volte a aumentar. Precisamos de zonas verdes vivas, escolas dignas e oportunidades que fixem os jovens e apoiem os mais velhos. O que quero ouvir é que se faz obra e se paga a dívida com responsabilidade, não apenas anúncios. É preciso proximidade, associativismo e novos projetos que devolvam orgulho e confiança aos nogueirenses.” 
Manuel Rebelo, (AD/PSD-CDS)

“Estou ligado a muitas associações e à atividade da freguesia desde sempre, dos escuteiros ao desporto e à Associação A Noz. Tento estar sempre pronto a ajudar. O que mais me preocupa é o ambiente. Promessas ficam muitas vezes por cumprir. Eu não prometo nada: se for eleito, é dia sim, dia não, na câmara a fazer barulho. Vou de bicicleta elétrica se for preciso. Com a CDU teremos condições de vida mais justas, mais democráticas, e estarei no terreno, mais próximo das pessoas. Não prometo grandes coisas, mas digo: é preciso, vamos fazer, é preciso apoiar, vamos atuar. Andar a marcar passadeiras e linhas é fundamental para a segurança, porque de noite ninguém vê nada. O saneamento foi mal fiscalizado, meteram tubos abaixo do mínimo exigido e às vezes até cheira pelas tampas. As ETAR não tratam nada, zero. Os transportes também estão cada vez piores, só há um de manhã, um ao meio-dia e outro à noite, e não servem bem a população. Na educação, cultura e desporto temos de criar mais atividades para os jovens, para não estarem só com o telemóvel. Quero proximidade, estar no terreno e resolver passo a passo as necessidades das pessoas.” 
José Costa, (CDU)

“Sempre estive ligado à vida da freguesia, ao associativismo e à Assembleia. Sou presidente de junta e cumpro agora o final do mandato. O nosso grande desafio é pagar a dívida num mandato, através da geração de receitas e do aumento das transferências. Queremos melhorar a limpeza, criar mais passeios, dinamizar parques de lazer, requalificar a Casa do Arco e atribuir bolsas de estudo a estudantes carenciados. Recebemos uma freguesia muito mal servida. Hoje temos uma cobertura de saneamento e abastecimento de água de 90%. Encontrámos um edifício-sede da Junta a meter água por todo o lado e foi integralmente requalificado. Requalificámos estradas, interviemos na zona industrial e avançámos com o projeto para as Minas de Pintor, onde vão ser investidos 7 milhões de euros na remediação ambiental e 3 milhões na resposta cultural. O pavilhão da Noz está a ser preparado para recuperação num investimento de 2 milhões. O Jardim de Infância da Feira foi transformado num dos melhores do concelho. Criámos parques infantis, abrigos de passageiros, melhor iluminação e espaços para seniores. A nossa intenção é continuar este trabalho sério, sem falsas promessas. Peço que comparem o que fiz neste mandato com o que foi feito antes. Fizemos obra, enfrentámos dificuldades financeiras e queremos dar continuidade a este caminho.” 
Gaspar Almeida, (PS).