22 Feb 2022
É noite, as ruas estão vazias.
Procuro na cidade, não há viv’alma.
Diz-se que as noites estão frias…
Só os meus passos, noite calma!
A cidade adormecida
Olho o Céu e há luar…
Estará a gente escondida
Ou só recolhida no lar?
Até a brisa é amena.
Passa um carro de quando em vez…
Só não há gente, que pena!
Quem nos conduz o que é que fez?
Desci a rua, fui ao jardim.
Estavam as tílias, sem gente
Será que esperavam por mim?
Ou pela justiça em frente?
Vi o velho casario…
Lembro o que lá se viveu!
Hoje degradado e sem brio…
Só o lembra quem o conheceu.
Logo regressei a casa.
O silêncio por companhia…
E uma dor no peito que arrasa!
Socorro virgem Maria!
Helena Terra,
Oliveira de Azeméis