3 Nov 2025
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Assuntos da secção de hóquei em patins dominaram a assembleia da Oliveirense
O Relatório de Contas e Atividades da Oliveirense, referente ao primeiro semestre de 2025, foi aprovado por maioria na Assembleia Geral realizada na passada quinta-feira. O clube fechou as contas com um resultado negativo a rondar os 51 mil euros.
Após a alteração aos estatutos, que passam a determinar que as contas sejam apresentadas conforme a época desportiva, ou seja de 1 de julho a 30 de junho do ano seguinte, a Oliveirense revelou aos sócios, na passada sexta-feira, os resultados económicos referentes ao primeiro semestre de 2025. Os números apresentados pelo tesoureiro Paulo Neves indicam que os rendimentos foram de 1.617,922 euro, enquanto os gastos totalizaram 1.669,457 euros, havendo a registar um resultado negativo de cerca de 51.500 euros.
No que diz respeito às atividades das modalidades, Armando Sousa, que assumiu as funções de diretor desportivo do hóquei em patins no início desta temporada, referiu que deparou-se no clube “com situações desafiantes para nós para continuar a elevar o bom nome da Oliveirense no panorama nacional e internacional”. Reconhecendo que a formação do hóquei em patins “será sempre importante” e considerando-a uma “formação de excelência em que as equipas atingiram um nível de excelência que muito nos orgulha”, Armando Sousa referiu, no entanto, que houve a necessidade da formação ser ajustada à realidade do clube. “Reunimos com os pais dos jogadores para chegarmos a um entendimento que permita manter a base de excelência do passado”, revelou o dirigente, frisando que “é necessário baixar a massa salarial de toda a secção”.
Em resposta ao sócio João Barbosa, Armando Sousa esclareceu que “houve necessidade de redução de custos” na formação e no plantel sénior de hóquei em patins. Já o sócio João Correia reclamou da falta de iluminação nas bancadas do pavilhão nos jogos de hóquei, facto que o presidente Carlos Teixeira justificou com a necessidade de redução de custos com a eletricidade.
Questionado pelo sócio Jorge Coelho acerca de eventuais dívidas existentes na secção de hóquei em patins, o presidente da Oliveirense esclareceu que “os jogadores da época passada ainda têm em atraso o vencimento do mês de julho” e que “existem ainda alguns compromissos por liquidar”. Contudo, Carlos Teixeira garantiu que “a situação está controlada”. “Temos um patrocinador que ficou, durante o próximo mês e os restantes, de dar um apoio e esse será integralmente utilizado para pagar as contas que se referem a junho e julho e, de agosto para a frente, ninguém pode dizer que temos uma dívida”, reforçou o presidente do clube.
Presente na Assembleia Geral, Avelino Bastos, ex-presidente do hóquei, lembrou que a formação da Oliveirense é a melhor do país. “Se é uma formação de excelência tivemos de fazer por isso”, acrescentou Avelino Bastos, antes de se centrar na situação financeira da secção na última época. “A verba que vai entrar no próximo mês, já estava estipulada e acordada por nós. Não era possível entrar no final da época passada, entraria agora nos próximos meses. Por isso, não existia ‘buraco’. Só os timings não eram os mais corretos, mas todos estavam negociados”, esclareceu o ex-dirigente.
Carlos Teixeira referiu que “o 'buraco' que existe é relativamente à época 2025/26”, em que “o orçamento não é suficiente para pagar os contratos dos jogadores”. Segundo o presidente, “as contas não fecham em cerca de 200 mil euros”. “Não é um 'buraco', é uma falta de orçamento”, clarificou Carlos Teixeira.
João Paulo Fernandes, que deixou a direção juntamente com Avelino Bastos, lembrou que, na época 2024/25, “foram-nos cortados 212 mil euros e nós reportámos isso ao presidente, que ia faltar esse dinheiro. Não entrou ninguém nem saiu (do plantel), os contratos estavam firmados, logo é evidente que nos ia faltar esse dinheiro”, justificou João Paulo Fernandes.
Basquetebol aposta nas escolas para captar atletas
No basquetebol, o vice-presidente Rui Lopes reconheceu que têm havido mudanças ao nível da formação, que conta com cerca de 150 atletas nos mais diversos escalões. “Todos os nossos treinadores da formação são de Oliveira de Azeméis e este é um processo já iniciado na última época”, enalteceu o dirigente, lamentando depois que as equipas de formação de basquetebol tenham vindo, nos últimos anos, a “perder bastantes jogadores”, encontrando-se a secção a trabalhar para tentar reverter esta situação. “Temos três treinadores que se deslocam, todas as semanas, a escolas do 1º ciclo e, por semana, chegamos a cerca de 600 alunos. Temos conseguido captar alguns jovens. No início deste ano letivo continuamos a fazer este trabalho junto das escolas para garantir a continuidade da modalidade na Oliveirense”, explicou Rui Lopes. Mesmo com um orçamento “incomparável com o dos três grandes”, o dirigente lembrou que a Oliveirense conquistou a Taça Hugo dos Santos “com todo o mérito e é um orgulho para todos”.
Ao nível da formação de futebol, Paulo Silva destacou a mudança de coordenador, cargo que é agora novamente ocupado por Nelson Pinho, bem como “as melhorias” realizadas no Centro de Formação Ápio Assunção.
No que toca à natação, Sérgio Correia referiu que esta modalidade conta com 50 atletas e que a “grande aposta nestes dois anos” foi no escalão de cadetes. “O ano passado tivemos dois atletas dos infantis nos Campeonatos Nacionais. O masculino ficou em 2º lugar a menina ficou em 4º lugar. Em termos de clube, subimos à 1ª Divisão Distrital e este ano vamos à fase de qualificação para a 3ª Divisão masculina”, resumiu o responsável pela natação da Oliveirense.