E agora António Costa?

Helena Terra

Helena Terra *

Um fato que marcou a agenda política da última semana foi a eleição de António Costa como presidente do Conselho Europeu. Esta é a instância que define as orientações e prioridades políticas gerais da EU e, as orientações daqui saídas têm de resultar do necessário entendimento e acordo das maiores famílias políticas da europa.

À hora a que estou a escrever, domingo, dia 30 de junho, ainda não são conhecidos os resultados das eleições francesas que decorreram hoje, mas tudo aponta para uma vitória do partido político francês de extrema-direita e de caráter protecionista, conservador e nacionalista de Marine Le Pen, embora as sondagens não apontem para uma maioria absoluta.

Em Portugal temos um governo acabado de sair de eleições, mas que não tem maioria na Assembleia da República, onde temos um segundo partido com apenas menos um deputado que aquele que ganhou as eleições e com um crescimento brutal da extrema-direita.
A vizinha Espanha tem um primeiro-ministro com “respiração assistida” que soma (não une) um total de oito partidos no acordo de governação. Nestes há extrema-direita, extrema-esquerda, ecologistas, populistas, separatistas e não separatistas. É um conjunto de partidos de todas as cores e de todas as mais diferentes, orientações políticas e ideológicas.

Na Alemanha, que nos habituámos a ver como a “dona da europa”, estão amarrados num governo 4 partidos do mais colorido possível que não se sabe até onde chegará.
Nos Países Baixos, no governo, está uma coligação de 4 partidos de direita.

Na Bélgica, aguarda-se a formação de um governo liderado por um partido de extrema-direita.
Na Itália temos um governo de direita e como primeira-ministra a Sra. Meloni que votou contra a eleição de António Costa.
(…)
Em resumo a europa vive num cenário político partidário de grande euro ceticismo e a isto acresce o facto da guerra russo ucraniana e a guerra no médio oriente. Nos E.U.A, lamenta-se as escolhas possíveis…

A União Europeia vive entre maioria de extrema-esquerda e de extrema-direita, aliás, de acordo com as previsões, o segundo partido mais votado em França hoje, será um partido de extrema-esquerda ambos anti NATO e eurocéticos porque nacionalistas.

É com isto que António Costa vai ter de lidar. Ele que é tido como um moderado e um negociador nato. Não se lhe conhece nenhuma cartola de onde costumem sair coelhos.
Imagino que seja um sonho e uma ambição pessoal realizada, mas neste momento ocorre-me: Ai Costa, a vida Costa!

* Advogada

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