Espaço poderá ter animais de quinta - Parque Urbano “pode ser concluído até final do ano”

Com 25 anos de experiência, o arquiteto José António Lopes, administrador da Ad Quadratum Arquitectos, é o responsável pelo projeto do futuro Parque Urbano de Oliveira de Azeméis. Segundo as contas do arquiteto, para o final de 2021 poderá ser possível a conclusão deste parque, um dos projetos propostos pela Câmara Municipal através de um concurso público de ideias no qual a proposta do seu gabinete foi a vencedora. Marta Cabral O parque de cinco hectares, que ficará localizado na área central da cidade, na denominada Quinta dos Borges, serviu de inspiração para a proposta apresentada pelo arquiteto José António Lopes. “Saliento o património construído e a casa principal da Quinta dos Borges, um imóvel com alguma característica arquitetónica. Para além disso, destacaria o património ambiental, uma vez que o espaço está modelado do ponto de vista topográfico numa série de socalcos. Isto tem um valor paisagístico muito interessante”, enumerou o profissional, realçando dois ecossistemas a preservar: um curso de água que está parcialmente obstruído que atravessa a quinta de um extremo ao outro e a cobertura vegetal, uma população representativa de sobreiros que são protegidos pela lei portuguesa. Para o responsável, a construção deste Parque Urbano é “uma mais valia” para o município oliveirense. “Este, em particular, vai ser distinto do que é comum nas imediações e em municípios vizinhos pela sua característica de adequação ao local onde está e aos valores da pré-existência”, afirmou, explicando que, como o parque não é desenhado em gabinete, repetindo soluções de catálogo ou de revista, é um projeto desenvolvido especificamente para a Quinta dos Borges. Exemplo disso é a opção de slide, uma vez que decorre de uma interpretação que o arquiteto fez da topografia natural do terreno. “Um dos propósitos do projeto era que fosse inclusivo e, com a conjugação do ambiente, pensámos que seria interessante tirar partido da topografia para o slide”, justificou José António Lopes. “Não tanto pelo caráter de desporto radical, mas sim por termos a oportunidade de o implementar mediante o terreno”, esclareceu. José António Lopes referiu, ainda, que um dos princípios de manutenção de limpeza - caso venha a ser aceite - passaria pela utilização de animais de quinta no parque. “Sendo que são animais inofensivos, podem desempenhar um papel pedagógico junto dos oliveirenses e dos visitantes, ao mesmo tempo que fazem uma manutenção sustentável do parque”, declarou o arquiteto, que adiantou que os oliveirenses poderão ter um vislumbre do que será o Parque Urbano “para o final do corrente ano de 2021”. “A Câmara Municipal tem tido o cuidado de proceder a limpezas no local e, à partida, já apetece utilizar o espaço. Com o início da intervenção, vai apetecer muito mais”, considerou, confiante.