15 Apr 2025
“Isto é uma curva: para uma pessoa que não conheça a estrada isto é muito perigoso, sobretudo quando está nevoeiro. Estou a rezar que não aconteça nada”, referiu Maritza Valente ao Correio de Azeméis
> Maritza Valente tem sido afetada a nível pessoal e profissional
Macinhatense Maritza Valente fez chegar ao Correio de Azeméis uma situação que a tem prejudicado.
A situação em questão, que existe há vários anos, mas que se tem agravado, prende-se com o facto de a macinhatense se ver privada de desenvolver a sua atividade, a produção agrícola, devido a uma queda da via pública, na Rua do Alto do Monte, em Macinhata da Seixa. Essa queda aconteceu há mais de um ano, tendo sido motivada pelas águas pluviais. Além da queda da via pública, a macinhatense refere que as águas pluviais entram diretamente no seu terreno, “causando estragos e derrocadas nos taludes.”
“Está num ponto que não me permite fazer a minha atividade. Sempre que chove, levo com água e quando as condições atmosféricas são adversas, a situação piora. O Sr. Presidente disse que tenho prejuízos e tenho que ser ressarcida deles”, referiu a macinhatense.
“Se antes era fácil e barato de resolver, atualmente não é assim”
Maritza Valente revelou ao Correio de Azeméis que já tinha reportado a situação à Junta de Freguesia, há cerca de oito anos. “Quando reportei, dava para fazer uma solução barata, com uma espécie de lomba com terra. Neste momento já não é bem assim, porque agora tem que levar um muro de suporte de terras”, afirmou.
Um ano e meio depois, ainda não há solução
A 23 de novembro de 2023, a macinhatense levou a situação a reunião de câmara, que decorreu em Nogueira do Cravo, tendo questionado se o executivo teria alguma solução, previsões para a resolução e a quem deveria apresentar o valor dos seus prejuízos. Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, referiu que “já temos uma solução que vamos implementar de acordo com o planeamento dos serviços e de acordo com as intervenções que temos programadas”, tendo acrescentado que “esteja tranquila, vamos resolver esse problema muito rapidamente, a tempo de poder desenvolver a sua atividade. Vamos fazê-lo seguramente nas próximas semanas, não tenho dúvidas nenhumas sobre isso”.
Ao Correio de Azeméis, Maritza Valente considera que o edil oliveirense “mentiu, porque disse que ia ser resolvido muito rapidamente, que não tinha absolutamente dúvida nenhuma disso, e o certo é que passou mais de um ano e não fez absolutamente nada. Isto está numa situação insustentável, não pode continuar assim”.
Questionada pelo Correio de Azeméis sobre esta situação, a Câmara Municipal não deu qualquer resposta.
Este é um exemplo de como fica a propriedade da macinhatense quando chove. Na foto, as águas pluviais causaram estragos e derrocadas no terreno, tendo caído uma árvore que impedia a saída da sua propriedade