Jovem cineasta oliverense, João Amorim, alertou para a falta de um plano cultural
Carregosense João Amorim apresentou os próximos espetáculos
O encenador João Amorim marcou presença nos estúdios da Azeméis TV/FM para dar a conhecer os seus espetáculos que serão apresentados em Carregosa. No passado dia 12 contou com uma encenação da peça “Incógnitos” e dia 17 haverá Stand-Up Comedy.
Como surgiu a ideia. “A ideia surgiu porque eu já não trabalhava há muito tempo com estas pessoas, com as pessoas que fazem parte deste grupo e resolvi que queria voltar a estar com elas, que queria voltar a trabalhar com elas. Convidei também outras pessoas que nunca tinham feito teatro, eles aceitaram e daí avançámos para o início do processo da criação do espetáculo.”
Uma escolha conjunta. “A escolha deste texto teve a ver com auscultar os interesses deles, a tipologia do espetáculo que eles queriam fazer, levei algumas propostas que se aproximassem um bocadinho daquilo que eles queriam e democraticamente falámos e escolhemos de entre todas as propostas que levei, esta.
O teatro em todas as freguesias. “Fazer um espetáculo que circulasse por todas as freguesias do concelho, isto porque eu acho que é estranho que nós fiquemos contentes com o sucesso das políticas culturais quando sabemos que existem centenas ou milhares de pessoas que em Oliveira de Azemeis não puderam assistir a uma peça de teatro.”
Os problemas da cultura. “Em Oliveira de Azemeis, existem polos dispersos com grande dinamismo como Carregosa, Loureiro ou o centro de Oliveira. Mas depois não sinto que exista uma ideia concreta para aquilo que é o projeto cultural do concelho, não existe.”
Um conselho ao concelho. “A coisa mais importante que existe a fazer é perceber se realmente esse é o objetivo do concelho, e se a forma como as coisas estão a ser feitas beneficiam essa vontade. Não me parece que a solução do concelho se restrinja a selecionar grandes espetáculos, eu acho que a cultura para um território pode ter o mesmo impacto real e concreto como a educação e a saúde. É preciso fazer um projeto à medida.”