8 Apr 2024
> Missionário da Boa Nova
10.07.1932 – 05.04.2024
Coincidência? Talvez não!
O Padre Januário Aniceto dos Santos fez a sua Páscoa, precisamente na oitava celebrativa da Páscoa do Mestre, ocorrida há mais de 2000 anos.
Nasceu em 10 de julho de 1932, na freguesia de Romariz, concelho de Santa Maria da Feira, filho de Manuel Aniceto dos Santos e Angelina Rosa da Silva. A hora do nascimento ficou registada no diário que o pai pendurava na parede do quarto: 20 horas.
Foi o último de 6 filhos. Estudou nos seminários da Sociedade Missionária da Boa Nova de Tomar, Cernache do Bonjardim e Cucujães. Foi ordenado presbítero, em 23 de maio de 1959. Celebrou a sua Missa Nova em Romariz em 28 de maio de 1959.
Também na Igreja Matriz de Romariz, em 28 de maio de 2009, celebrou as suas Bodas de Ouro Sacerdotais Nessa data, publicou e ofereceu a todos os presentes na Eucaristia comemorativa o livro: “Dizei comigo: GRAÇAS A DEUS”. Estava muito entusiasmado para dar à estampa uma atualização deste livro por ocasião da celebração dos 65 anos da sua Missa Nova e que aconteceria no próximo 29 de maio. O Senhor chamou-o antes da data.
Pessoa inteligente, poeta, metódico e cheio de bom humor.
Dedicou grande parte da sua vida à animação missionária em Portugal e à Editorial das Missões da qual foi diretor durante muitos anos. Escreveu muitos livros de índole religiosa e que estão distribuídas por muitas livrarias e casas religiosas. Promoveu a publicação da Bíblia em português (original de Maredsous).
Foi reitor do Seminário de Fátima e de Cucujães e, nos anos 80, acompanhou o Padre Pereira no Alto Piquiri, diocese de Umuarama, Paraná, Brasil.
Porque a idade (91 anos) o exigia, foi acolhido nos últimos 2 anos no Lar Santa Teresinha, contíguo ao seminário de Cucujães, onde continuou a ter o seu quarto e até onde ia, durante o dia, e sempre que as forças o permitiam.
Hospitalizado no dia 04 de abril, faleceu no dia 05 de abril pelas 10 horas, no Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira.
Foi celebrada missa de corpo presente na Igreja de Cucujães no dia 06 de abril pelas 10 horas, tendo presidido à Eucaristia, o Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova, Padre Adelino Ascenso e contando com a concelebração de muitos companheiros da Sociedade Missionária e também de paróquias vizinhas.
A missa de exéquias ocorreu na Igreja Paroquial da sua terra natal, Romariz, pelas 15h30 de 06 de abril. Foi presidida por D. António Couto, membro da Sociedade Missionária e atualmente Bispo da diocese de Lamego e concelebrada por D. Carlos Azevedo, amigo e natural de paróquia vizinha. Um elevado número de sacerdotes da Sociedade Missionária, dos Missionários Passionistas e párocos de terras vizinhas associaram-se ao ato. No momento próprio e antes do final da Eucaristia, o Reitor da Sociedade Missionária, Padre Adelino Ascenso, informava a assembleia haver recebido condolências enviadas por D. Manuel Linda, Bispo do Porto, D. Roberto Mariz, Bispo auxiliar do Porto e, ainda, de D. Armando Domingues, Bispo da Diocese de Angra.
Ficou sepultado em jazigo próprio, no cemitério de Romariz
Porque foi ele, o Padre Januário, que indicou a frase para a lápide que faz memória do irmão e padrinho, onde foi sepultado, também será essa frase de St. Agostinho, que os sobrinhos desejam inscrever numa singela lápide sobre a sua sepultura: “A angústia de o teres perdido, não supera a alegria de o teres tido”.
Descanse em Paz.
A família.