
Escolas básicas e jardins de infância do concelho estão, ou vão ser, requalificadas. Um plano da autarquia que vinha desde o final de 2017 e que agora está em ação. “Depois de diagnosticadas as carências e delineado um programa de intervenção faseado, dividimos as intervenções de acordo com as exigências inerentes a cada necessidade”, informou o vereador da Câmara Municipal do pelouro da educação, Rui Luzes Cabral, ao Correio de Azeméis.
Ana Soares
As escolas básicas e secundárias (EBS) de Fajões e Dr. Ferreira da Silva, de Cucujães, já intervencionadas depois de duas empreitadas lançadas a concurso num valor de um milhão e 800 mil euros, para cada uma, tiveram de ser reforçadas para um valor de dois milhões e 200 mil euros.
Esta negociação com o Ministério da Educação “permitiu ajudar a minimizar os custos, com o aluguer de salas modelares para a EBS Dr. Ferreira da Silva”, segundo explicou Rui Luzes Cabral, ao esclarecer que assim conseguiram avançar para a primeira e segunda fase da requalificação da EBS de Fajões. “Algo que não se vislumbrava acontecer num tão curto espaço de tempo”, disse.
Durante estas negociações, a autarquia conseguiu inscrever a verba de um milhão de euros em mais uma candidatura ao Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT), que já foi aprovada e contempla as escolas básicas e jardins de infância da Alumieira, na construção de duas salas de aula e uma sala de CAF; do Brejo, em “arranjos exteriores, coberturas, substituição de caixilharias, pinturas e construção de duas salas”; de Palmaz, na construção de um refeitório, requalificação de casas de banho, um coberto na entrada e pinturas; de Lações, na construção de duas salas de aula, um refeitório, uma sala de CAF, arranjos exteriores e pinturas e de Cesar e de Faria de Baixo, na substituição de caixilharias, arranjos exteriores, pavimentos, casas de banho e pinturas. “Representou uma vitória negocial para o município de Oliveira de Azeméis. Fomos o único município no país a conseguir uma verba desta dimensão”, adiantou o vereador. “Pela estimativa já apurada, o valor de fundos comunitários não chegará para a intervenção”, acrescentou, ao confirmar que a autarquia suportará cerca de 300 mil euros do orçamento municipal.
Ainda existe um planeamento para outras escolas, intervenções que “são custeadas pela autarquia, seja por empreitada externa, seja pelos trabalhadores [camarários], seja através dos agrupamentos”, explicou Rui Luzes Cabral.
Nomeadamente a EB1 Fonte Joana, a EB1 de Pindelo e o JI de Pinhão, a EB1 Maria Godinho em Nogueira do Cravo, o JI e EB1 do Picoto em Cucujães, o JI de Vermoim, Ossela, a EB 2,3 D. Frei Caetano Brandão, Loureiro, o JI e EB1 de Bustelo, S. Roque, o JI e EB1 de Azagães, Carregosa, a EB1 de Casalmarinho, em Fajões, o JI de Vilarinho, em Cesar e a EB1 do Outeiro, em Santiago de Riba-Ul. “Os trabalhos passam pela substituição de parques infantis, substituição de telhados, pinturas interiores e exteriores, substituição de caixilharias, requalificação de casas de banho e construção de coberturas”, nomeou Rui Luzes Cabral. O vereador informou que além destas intervenções, a autarquia irá substituir todo o amianto que ainda existem nos telhados das escolas e a um investimento de 60 mil euros, na aquisição de mobiliário escolar.
Correio de Azeméis ouviu agrupamentos
A diretora do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, Ilda Ferreira, apesar de reconhecer a importância da intervenção da escola de Lações, admitiu que a escola básica e jardim de infância de Ossela são também necessárias. “Andamos a sugerir há muito tempo para Ossela uma única unidade com duas valências, o pré-escolar e uma EB1, no centro, era o ideal”, referiu, ao adiantar que a escola básica em Selores “já começou pequena” e o pátio cimentado “é perigoso”. E o jardim de infância em Vermoim, além de ficar do lado oposto, não tem boa acessibilidade e é o que “está em pior situação”, sendo que é um pré-fabricado há mais de 20 anos, com amianto na cobertura. “As pessoas preferem talvez ir para Vale de Cambra porque de facto as escolas não têm condições”, afirmou. Depois de se ter deslocado a ambas, o jornal constatou ainda que as cantinas, em contentores, não têm uma ligação direta com o edifício. A diretora afirmou que as associações de pais contribuem “bastante” para tentar ultrapassar muitas carências das escolas.
A diretora do Agrupamento de Escolas de Loureiro, Ana Rio, quando contactada, declarou que as intervenções nas escolas de Alumieira, do Brejo e de Palmaz “correspondem a necessidades há muito identificadas nas escolas”, por os edifícios serem antigos e por haverem mais “exigências do currículo destes níveis de ensino”, no que concerne à oferta de apoio à família com o prolongamento de horário. “Sentimos necessidade de mais espaços diferenciados nas escolas para além das salas de aula ditas normais”, explicou.
A intervenção no JI e escola de Faria de Baixo revelam-se de “enorme importância e atualidade”, uma vez que se trata de uma escola no Plano Centenário, como esclareceu o diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Ferreira da Silva, António Figueiredo, de forma a corresponder às exigências atuais. O diretor destacou ainda a necessidade de requalificação da rua de acesso a estes equipamentos e do estacionamento.
Os restantes diretores dos agrupamentos envolvidos foram contactados mas o jornal não obteve resposta até ao fecho de edição.
O vereador Rui Cabral disse ao Correio de Azeméis que a autarquia irá proceder à substituição de todo o amianto
Escolas a ser intervencionadas:
Escolas básicas (EB) e jardins de infância (JI) de Alumieira (Loureiro), Brejo (S. Martinho da Gândara), Palmaz, Lações, Cesar e Faria de Baixo (Cucujães). E ainda EB1 Fonte Joana, EB1 de Pindelo e JI de
Pinhão, a EB1 Maria
Godinho (Nogueira do Cravo),
JI e EB1 do Picoto
(Cucujães), JI de Vermoim (Ossela), EB 2,3 D. Frei Caetano Brandão
(Loureiro),
JI e EB1 de Bustelo
(S. Roque), JI e EB1 de
Azagães (Carregosa),
EB1 de Casalmarinho (Fajões), JI de Vilarinho (Cesar) e EB1 do Outeiro (Santiago de Riba-Ul)