Gerson Pinho foi um dos vários jogadores do Futsal Clube de Azeméis a testar positivo à Covid 19.
Depois dos 14 dias de isolamento e de ter regressado aos treinos na passada quinta-feira, o guarda-redes titular da turma oliveirense conta como viveu os dias fechado em casa e as dificuldades que está a ter para recuperar a forma física. “É quase como iniciar uma época”, começou por explicar o jogador, natural de Oliveira de Azeméis, que desconfia ter sido contagiado com o novo Coronavírus no último encontro em que participou, diante do Burinhosa.
“A primeira pessoa a ficar infetada foi o treinador, depois comecei a ter sintomas e já tinha quase certeza que devia ter Covid. O teste confirmou-o”, referiu Gerson Pinho, acrescentando que os sintomas começaram a surgir uma semana após essa partida. “Acordei no sábado e senti dores de corpo e após o almoço comecei a ter febre. Foram três dias fortes. Depois, a febre e as dores de corpo despareceram e veio a dor de garganta e no dia seguinte a diarreia. Era um sintoma novo a cada dia”, recordou o atleta, garantindo que não contagiou ninguém da família.
Durante o isolamento, e por muito que quisesse, Gerson Pinho não conseguiu treinar e manter a forma física. “Estava tonto e não tinha forças. Apenas me levantava para fazer as necessidades e tomar banho”, disse o guarda-redes, referindo que ao fim de seis dias começou a sentir melhorias e, nessa altura, começou a fazer caminhadas e depois corrida. “Parecia que estava a começar a época”, recordou o jogador.
A vontade para voltar a treinar era muita, mas entrar em campo e começar a ganhar ritmo não foi tarefa fácil para os jogadores, sobretudo para os que testaram positivo. “Tenho os músculos todos doridos, o cansaço é imenso. Agora é uma questão de dias para recuperar. Todos os jogadores acusam fadiga, os que estiveram infetados acusam ainda mais fadiga neste regresso”, salientou o oliveirense, garantindo que a parte física está a ser o principal problema dos jogadores, que não revelam dificuldades respiratórias.
Ana Catelas