Incómodo com o lixo é geral

A Assembleia de freguesia de São Roque ficou pautada pelo desagrado, unânime, relativo ao procedimento de recolha do lixo, pelo manuseamento que os cidadãos fazem, e pelas taxas pagas relativamente ao mesmo. “Mostro desagrado com a falta de civismo em relação à colocação do lixo fora dos contentores”, salientou Cláudia Silva (PS), referindo também a taxa “exorbitante” que o seu estabelecimento paga de resíduos sólidos. Manuel Ângelo Silva (PSD) também fez referência aos ecopontos, congratulando a Junta de Freguesia pela campanha de sensibilização para o uso indevido e sugeriu que se dotasse “cada casa de ecopontos domésticos”. O presidente da Junta de Freguesia, Amaro Simões, reconheceu que “algumas pessoas acolheram muito bem” a informação perante os cartazes afixados, mas que existem outras que “reclamam e questionam” onde colocarão o lixo não doméstico. Apesar de afirmar que vai continuar a insistir no apelo à população quanto a esta situação, o presidente explicou ainda que com estes episódios “o preço dispara” e que “de uma forma ou de outra”, os cidadãos “pagam esses abusos”. Aproveitou também para deixar um aviso que, caso nada se altere, irá proceder a coimas. À questão de Cláudia Silva (PS) sobre os horários para o comércio e serviços da câmara, Amaro Simões referiu que foi informado pelo presidente da Câmara Municipal que se deverá usar “o bom senso e, caso a caso, se houvesse problemas, resolviam-se as situações”. Carlos de Almeida (PS) questionou o ponto de situação da conclusão do saneamento em Bustelo e, quanto à resolução para o funcionamento da caixa de multibanco. Sobre o saneamento o presidente adiantou que a Indaqua fez chegar o aviso do arranque “das obras da linhagem de águas residuais e da rede de abastecimento de água” onde serão feitas 756 ligações, o que é “um esforço que resultará em cerca de 94%” de cobertura de saneamento. Em relação à caixa multibanco em Bustelo, informou que se trata de uma responsabilidade do balcão de Cesar do Novo Banco e que estão a proceder à devida resolução. A bancada do PSD levantou também algumas questões. Nuno Pires quis saber o ponto de situação da zona industrial “se já existe um projeto” quanto à obra na ponte dos Moinhos e questionou “se a junta de freguesia fez o acompanhamento do início do ano letivo”. Manuel Ângelo Silva interrogou a previsão para a execução da repavimentação da rua dos Meirais. Amaro Simões esclareceu, quanto à zona industrial que “não há nada de novo” e que a “pressão é menor” visto que o município já procedeu à legalização de 90% das infraestruturas e admite continuar a lutar para “atrair novas indústrias, alternativas à de calçado”. No respeitante à ponte dos Moinhos informou que a empresa FARCIMAR tem quatro meses para concluir a obra e que “está definido que seja uma ponte toda nova na nascente da ponte que já existe, a ponte antiga fica para pedonal e eventualmente uma ciclovia”. Em relação ao início do ano letivo e às filas para entrar na escola, o diretor tem “noção que tem que ser mais agilizado”, mas que “tem que haver bom senso” e que “de dia para dia vai melhorar”. Quanto à repavimentação da rua dos Meirais, disse que se trata de “um contrato geral para a câmara fazer” e que continua “a dar como adquirido e que irá ser feito”. Feitas as intervenções, deu-se início ao período da ordem do dia com dois pontos, aprovados por unanimidade. Nuno Pires (PSD) levantou ainda duas questões quanto ao ponto sobre a apreciação das atividades e da situação financeira da junta, nomeadamente um esclarecimento quanto ao alargamento da rua da Lomba e a opção para a recolha de resíduos no cemitério. Amaro Simões justificou-se que, quanto ao cemitério, a pessoa responsável por o fazer pediu que fosse destituído das suas funções e, portanto, viu-se obrigado a contratar uma empresa de Barcelos. Quanto à rua da Lomba adiantou que falta falar com os restantes proprietários para assumir a obra.