NAC dinamizou tertúlia em mais uma ‘Noite Quente’

Em mais uma edição das ‘Noites Quentes de Inverno”, realizada no dia 07 de março, o NAC organizou uma tertúlia sobre a Condessa de Penha Longa, que contou com a presença de Vasco Pinto Leite e de Carlos Correia.
A iniciativa, que foi feita no âmbito das celebrações do Dia Internacional da Mulher, foi intitulada de ‘Condessa de Penha Longa, Mulher Humanista’.

“Alguém traçar o seu próprio caminho em pleno século XIX e ser mulher é algo fantástico, num período em que a mulher não existia. Não existia do ponto de vista familiar, ou do ponto de vista social: a mulher devia obediência ao marido. A Condessa da Penha Longa foi a negação de tudo isso e [este aspeto] já resume a sua grandeza”
Carlos Correia, membro do Cons. Consultivo da Fundação Condessa de Penha Longa

“Assumi as responsabilidades [da Fundação], em 2005. Os membros da família têm esta carga, que é a de uma pessoa que foi muito acima da média, pelo que temos sempre de correr atrás do prejuízo. Por muito que se tente, nunca se consegue ter e desenvolver aquilo que a Condessa fez. O meu pai esforçou-se muito para resgatar uma instituição que estava perto de ser fechada, (...) deu o litro para tentar ressuscitar a instituição e acho que conseguiu”

“Acho que as pessoas não têm bem a noção de que isto é uma grande carga para os representantes da família. A herança que ela nos deixou não é uma herança pesada, mas é uma herança exigente. As pessoas têm no seu imaginário a figura da Condessa e Penha Longa, que dava tudo a todos. Portanto, isto levou algumas décadas para que as pessoas percebessem que já não era assim. O sentimento que temos é o de responsabilidade para a condução dos destinos [da Fundação e do seu legado]”
Vasco Pinto Leite, Presidente do Cons. de Adm. da Fundação Condessa de Penha Longa