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Num balanço autárquico, em entrevista à Azeméis TV/FM, o cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à presidência da Câmara Municipal nas últimas eleições, Diogo Barbosa, afirmou que depois de “40 anos que não tinham sido bons” pela gestão do PSD, estes “quatro anos não foram melhores”, dado que não verificaram mudanças significativas com “a governação do PS na autarquia”.
Ana Soares
Para o BE, os principais problemas que Oliveira de Azeméis registava há quatro anos mantêm-se e “existe um defraudamento das expectativas dos oliveirenses”, por terem votado no PS na esperança de que houvesse “um rompimento com as políticas do PSD”.
“Temos a convicção de que esta gestão não teve muito de socialista”, referiu, acrescentando que “houve um sentimento de esperança que se perdeu ao longo do tempo porque não houve vontade, por parte do PS, de mudar”.
Entre as questões que destacou negativamente da gestão do executivo, e que considera terem sido “propaganda”, Diogo Barbosa apontou a auditoria à gestão camarária do executivo do PSD, uma insistência do atual presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, e que “não existiu”. Ou a atribuição das bolsas de estudo a estudantes universitários que implicavam o preenchimento de um formulário complexo. “Não é com dez bolsas de difícil acesso que se vai melhorar a capacidade de um jovem oliveirense em ir para a universidade”, referiu.
O partido não compreende também a falta de investimento nas infraestruturas das zonas industriais, “onde não passam dois camiões” e sem “acessibilidades” às autoestradas. “Precisamos de garantir que existam vias para viaturas pesadas que não entupam as vias de circulação”, sugeriu. Diogo Barbosa defendeu, ainda, a “aposta no transporte público”, seja autocarros ou comboios. “É mais fácil um aluno apanhar um transporte para ter aulas numa secundária em S. João da Madeira” do que no concelho, considerou.