“Novo centro de treinos é propriedade da Oliveirense”

Nesta Assembleia Geral, o ex-presidente Eduardo Costa afirmou ouvir “burburinhos” de que “decisões tomadas em Assembleia Geral não foram respeitadas” e, nesse sentido, questionou o presidente da Oliveirense acerca do proprietário do novo centro de treinos, pago com dinheiro proveniente do investidor da SAD, que está a nascer em Palmaz.

Carlos Teixeira confirmou que existem terrenos adquiridos pela Oliveirense numa área definida pela antiga direção na zona de Palmaz. “E, segundo o que sabemos, existem empreitadas a decorrer e que foi a Oliveirense que as adjudicou. Não tenho nenhuma informação que não são da Oliveirense. É um processo que nós queremos que se faça em conjunto e eu não tenho dúvidas que esta direção vai respeitar a vontade da antiga direção e dos sócios em como o investimento será feito e nós temos de garantir que o património será sempre da Oliveirense, independentemente de cedermos depois as instalações à SAD para a utilização pelas equipas deles”, explicou o presidente da Oliveirense.

Presente na assembleia, Horácio Bastos, presidente da anterior direção, também prestou esclarecimentos sobre este assunto. “Em Palmaz, temos 32 terrenos comprados e as escrituras estão feitas em nome da União Desportiva Oliveirense. São da Oliveirense e vão ser sempre da Oliveirense. É propriedade única da Oliveirense”, garantiu Horácio Bastos, adiantando que o projeto está em andamento e recordando que os investidores da SAD vão pagar 1,5 milhões de euros pela obra. “Mas o que lá está vai custar 4 ou 5 milhões de euros. Temos de trabalhar todos em conjunto - clube e SAD - e esperar que o investidor continue cá muitos anos”, avisou o ex-dirigente.

Na assembleia, e por proposta da presidente da mesa, Helena Terra, foi aprovado, por unanimidade e aclamação, um voto de louvor ao comendador António da Silva Rodrigues, extensível à sua família. Isto depois da direção ter endereçado os parabéns ao líder do maior patrocinador da Oliveirense, que completou mais um aniversário no passado dia 23 de fevereiro, através de uma extensa carta, lida aos presentes por Helena Terra, onde foi referido e enaltecido o percurso de vida de António da Silva Rodrigues.

Sócios interpelaram a direção

O associado António Manuel Silva considerou não haver uma política de angariação de novos sócios e questionou quantos sócios tem a Oliveirense atualmente. Perante a resposta de 1700 sócios, António Manuel considerou “muito pouco” para um clube centenário como a Oliveirense. Perante a existência de cartões de época para o basquetebol e para o hóquei em patins para sócios (25€) e para não sócios (50€), o associado perguntou, afinal, quais as vantagens em se ser sócio da Oliveirense e, por fim, considerou “não fazer sentido estarem não sócios a assistir à assembleia”.

Já João Jardim sugeriu uma “maior organização” nos jogos de hóquei em patins, modalidade que diz assistir mais, para separar os adeptos visitantes dos oliveirenses e, para evitar ter de ir para o pavilhão com “45 minutos de antecedência em dias de jogos”, sugeriu a criação do lugar cativo para adeptos no pavilhão.

O sócio Amílcar Barros questionou a direção acerca da atualização dos valores para o aluguer dos campos do Centro de Formação da Oliveirense, considerando uma “estupidez” o aumento do valor dos mesmos. O presidente da direção, Carlos Teixeira, explicou que a tabela de preços para a utilização dos campos “foi aprovada em reunião de direção” e referiu que os “ajustes foram feitos porque o valor da luz aumentou muito”.

Antes de dar por encerrada a assembleia, Helena Terra realçou ainda a presença na assembleia de Mário Saavedra, um sócio que se distingue “pela cultura que transmite” e por ter formado “não só grandes guarda-redes, mas também grandes homens”.