Oliveirense conquista a Taça Continental

 Pavilhão Dr. Salvador Machado recebeu, no passado fim de semana, a final-four da Taça Continental e, no domingo, consagrou a Oliveirense, diante dos seus adeptos, como a vencedora deste troféu internacional (antiga Supertaça Europeia) e que juntou os finalistas da Taça WSE e da Liga dos Campeões.

Numa final emotiva e muito disputada, e onde não faltou emoção, a Oliveirense venceu o Sporting, numa reedição da final da Liga dos Campeões na última época, desta vez com um vencedor diferente, e levantou a Taça Continental diante dos seus adeptos. Depois de perder a final da Elite Cup, ainda este mês, o treinador Nuno Resende afirmou que “mais cedo ou mais tarde isso vai desbloquear”, o que aconteceu já este domingo com a equipa de Oliveira de Azeméis a conquistar, pela segunda vez no seu historial, a Taça Continental, depois de Viareggio em 2017.
O nulo ao intervalo não se devia à falta de oportunidades criadas pelos dois conjuntos para abrir o marcador, mas antes às grandes exibições dos guarda-redes, sobretudo de Xano Edo na baliza da Oliveirense. 
Na segunda parte, Lucas Martinez desperdiçou um livre direto, mas na sequência do lance, e a jogar em power-play, Marc Torra provocou a primeira ‘explosão’ no ‘Salvador Machado. Pouco depois, através de um remate de meia distância, Matias Platero restabeleceu a igualdade e no mesmo minuto João Souto falhou um livre direto para os leões. Os adeptos da Oliveirense galvanizaram-se na bancada e, na pista, Lucas Martinez, com dois golos em um minuto, deu uma vantagem mais confortável à equipa de Nuno Resende.
A dois minutos do final, Roc Pujadas relançou o Sporting na luta pela vitória, mas o golo de Xavi Cardoso, de baliza a baliza, e quando Edo Bosch tinha trocado o guarda-redes por um jogador de campo, sentenciou a partida.
 

“Foi uma grande prenda para o nosso aniversário. Este grupo de jogadores também merece. Destaco o papel do sr. Valente, que é uma das pessoas que sempre ajudou a que a modalidade não desaparecesse da Oliveirense. A Oliveirense tem uma equipa muito boa e o ideal era sermos campeões este ano, finalmente. Acho que temos uma equipa que, para mim, é candidata ao título e este é um bom presságio”.
Carlos Teixeira, presidente da Oliveirense

“Estamos com uma equipa técnica nova, estávamos com várias finais perdidas e sentíamos que estávamos muito perto de termos sucesso, e para nós foi muito positivo. A equipa já merecia ter uma conquista e uma conquista internacional diante dos nossos adeptos e contra uma equipa fortíssima, como é o Sporting, tem outro sabor. Nós ficámos bastante contentes quando a câmara apoiou no sentido da organização ser feita em Oliveira de Azeméis, porque a nível de Portugal e de clube conseguimos ter algum sucesso no Pavilhão Salvador Machado. Foi uma alegria muito grande, ganhar perante os nossos adeptos, os nossos principais patrocinadores e com uma nova direção. A forma como a equipa está a trabalhar faz-nos acreditar que somos candidatos a mais conquistas. Todas as frentes em que entrarmos, queremos ir até às decisões finais. Vamos lutar e acreditamos que ainda seremos mais vezes felizes esta época”.
Avelino Bastos, vice-presidente do hóquei em patins

“Para nós Simoldes, e para nós oliveiresnes, este foi um grande feito da Oliveirense. Já andávamos à procura desta conquista há muito tempo, hoje (domingo) foi o dia. Parabéns a todos. O Sporting é uma equipa forte e que luta pelo campeonato nacional, mas a Oliveirense sobrepôs-se e ganhou com justiça. Temos uma boa equipa, um bom treinador, e temos tudo para sermos campeões ou, pelo menos, para lutarmos pelo título”.
Com. António Rodrigues, Grupo Simoldes

“Os jogadores foram superlativos. Tínhamos que deixar tudo em campo, a pele e a qualidade. Não vamos querer parar. Hoje (domingo) foi o primeiro objetivo. Os jogadores sabem onde queremos chegar. Temos tudo para trabalhar e para continuar. Antes de marcarmos, o Sporting teve as melhores oportunidades. Temos um guarda-redes que é fantástico, uma equipa que sabe sofrer, um coletivo com várias soluções, fomos percebendo o jogo até que encaixámos bem. A vitória é justa embora o Sporting tenha feito um jogo fantástico. Os adeptos da Oliveirense merecem esta felicidade e que seja para criar mais empatia entre adeptos e clube para nos tornarmos mais fortes”.
Nuno Resende, treinador da Oliveirense

“Sabíamos que numa final há muitos fatores importantes. A calma com que jogámos durante os 50 minutos foi espetacular. Merecemos esta vitória depois de tantas finais perdidas. Em primeiro lugar gostava de dar os parabéns ao Sporting, foi uma grande final. Em segundo, um agradecimento ao nosso patrocinador, o sr. António, o Rui Paulo, e à sua esposa que há pouco nos deixou. É para eles porque nos momentos difíceis eles estão lá e hoje (domingo) acho que mereciam mais que nós. Em terceiro, esta taça é de gente que este ano não está e estava o ano passado, muita parte é deles. Por último, mas não menos importante, os nossos adeptos que nos acompanharam nesta e noutras finais que perdemos e as nossas famílias que nos apoiam”.
Marc Torra, capitão da Oliveirense

“É um orgulho ganhar aqui em casa com estes adeptos a apoiar-nos. É fenomenal. Com este grupo incrível, já merecíamos há muito. Desde o ano passado que ficámos com um sabor agridoce várias vezes. Este ano, é o resultado de tudo isso. A nível pessoal, o jogo foi contra o meu pai, por isso também uma mistura de emoções. Tinha de cair para algum lado, caiu para o nosso e estou superfeliz. O Sporting é uma equipa muito rápida, com grandes jogadores e um grande guarda-redes e o resultado só se começou a somar na segunda parte. Foi um jogo muito duro e foi decidido nos detalhes”.
Xano Edo, guarda-redes da Oliveirense

“As finais são assim. Fizemos um bom jogo e agora caiu para mim. Na outra vez caiu para ele (o irmão Matias Platero que joga no Sporting). Estou feliz por termos ganho. O ano passado fizemos um bom trabalho, este ano continuamos a fazer e que esta vitória sirva para continuar a lutar e a ganhar troféus”.
Franco Platero, jogador da Oliveirense

“Ainda nem acredito. Quando vim para cá, há quatro anos, muita gente dizia que a Oliveirense era um clube que não conseguia ganhar títulos. Está aqui a prova e é com muita emoção que digo isto. O clube merece, nós merecemos, toda a estrutura merece. É um orgulho enorme pertencer a este clube. Estamos cá para lutar pelos títulos”.
Xavi Cardoso, jogador da Oliveirense

“Já sabíamos que ia ser um jogo muito difícil, mas estivemos sempre tranquilos e agora estamos felizes. Já merecíamos há muito tempo, o grupo, os adeptos e a cidade. Tudo o que aconteceu o ano passado e como começámos este ano, merecíamos estar aqui, com os nossos adeptos e no nosso pavilhão e que esta seja a primeira de muitas. Estamos a trabalhar, a dar tudo e na quarta-feira temos mais uma ‘final’ (jogo no Dragão Caixa para o campeonato) e vamos estar focados porque queremos tudo e o objetivo é estar nas decisões finais”.
Lucas Martinez, jogador da Oliveirense

“Parabéns à Oliveirense por esta excelente conquista. É um evento numa cidade que vive intensamente o desporto e aceitamos este desafio de organizar a prova. Do ponto de vista da organização correu tudo pelo melhor e do ponto de vista desportivo também, porque contribuímos com uma ínfima parte para a vitória da Oliveirense. Esta aposta valoriza a marca de Oliveira de Azeméis”.
Hélder Simões, vereador do Desporto

“Parabéns à Oliveirense. Foi uma grande final. Regressar a este pavilhão é bom, é um sentimento misto porque queria muito ganhar, mas também vi colegas e amigos a celebrar, adeptos que o ano passado choraram. (Defrontar o filho) Durante o jogo consegui abstrair-me disso, antes do jogo pensei, e quando ele me deu um abraço no final os sentimentos voltaram. Parabéns para ele. Agora a minha equipa  é o Sporting”.
Edo Bosch, treinador do Sporting e ex-técnico da UDO