Foram muitos os que, depois do primeiro confinamento, procuraram os serviços para práticas de exercício físico com o intuito de melhorarem os seus níveis de saúde. Quem o confirma são os profissionais de educação física, representantes de alguns espaços da atividade no concelho, presentes na mesa de conversa dinamizada pelo Correio de Azeméis sobre o assunto.
Ana Soares
Depois de anunciado, por diversas vezes, tanto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e por especialistas, que o exercício físico é um meio para reforçar o sistema imunológico e prevenir não só outras doenças, como as consequências do vírus da Covid-19, as pessoas procuraram, de facto, mudar o estilo de vida. A acrescentar ao fator fisiológico, a atividade física contribui, igualmente, para o equilíbrio mental, muito afetado pelas condicionantes da pandemia.
O treinador pessoal Diogo Ferreira reforçou a opinião dos colegas do painel quanto à forma como as pessoas veem o exercício físico, nomeadamente “para libertar a mente daquilo que é a realidade atual”. Paulo Pereira, também profissional de treino personalizado, nota que a procura é feita “também por um escape” e que “a parte psicológica passou a ter um papel determinante”.
José Aleixo, profissional no ginásio MultiFitness, explicou que, ainda que o número de pessoas que praticam atividade física em contexto de ginásios seja baixa (6.7 por cento, segundo dados da Associação de Ginásio e Academias de Portugal – AGAP), “a comunidade científica reconheceu a importância da atividade física, desde que devidamente acompanhada”.
Rita Leão, profissional do Ginasius, Powered By Solinca, conclui que “a saúde não tem preço” e que “investir numa mensalidade é poupar na saúde”, defendendo que as pessoas não se devem auto instruir quando praticam exercício, devendo recorrer a técnicos formados para o fazerem.

“Notei que toda a gente baixou a condição física depois do confinamento e perceberam que o treino faz muita diferença. A procura aumentou muito, já não procuram por estética, a parte psicológica passou a ter um papel determinante na procura pelos clientes mais recentes. Além da questão da atividade física, há também a saúde mental”
Paulo Pereira, proprietário e treinador do estúdio Personal Trainer Fast Training System by Paulo Pereira em Vilar, Oliveira de Azeméis

“Para mim é crucial a parte psicológica, estamos todos restritos, privados e muitas pessoas encontraram o refúgio delas no exercício. A saúde não tem preço. Investir numa mensalidade é poupar na saúde. Hoje em dia temos ferramentas com exercícios e as pessoas acham que se conseguem auto instruir, mas têm de recorrer aos técnicos porque são as pessoas que estudaram para isso”
Rita Terra Leão, responsável pelo Ginasius, Powered
By Solinca, no Edifício Rainha

“Tanto no primeiro como no segundo confinamento, não senti dificuldade em regressar ao trabalho, senti, sim, em interromper. As pessoas começaram a ver o exercício físico não só pela parte física, mas como um libertar a mente. E estamos a falar de saúde pública, quanto melhor estivermos a nível de sistema imunitário, melhor nos defendemos do vírus”
Diogo Ferreira, proprietário e treinador no estúdio Treinador/Personal Trainer, em Vilar, Oliveira de Azeméis

“As pessoas chegaram bastante condicionadas e sentiram a necessidade de praticar exercício físico. A Ordem dos Psicólogos e a Ordem dos Médicos recomendaram a prática para ultrapassar as adversidades físicas e psicológicas. A comunidade científica reconheceu a importância da atividade física, desde que devidamente acompanhada. A OMS comunicou que por cada euro investido em atividade física eram poupados 3,6 euros em saúde”
José Aleixo, representante do ginásio MULTIFITNESS Sport & Health Club, em Oliveira de Azeméis