Constantino Tavares *
Espero mais uma vez que não se perca uma das últimas oportunidades para repensarmos o nosso futuro coletivo. Enquanto país, e também no nosso concelho. Nunca como hoje vi tanta discussão sobre o acessório. Muito ou quase nada sobre o que realmente nos interessa. Condições de vida, melhoria de percepção de quem nos serve... Parte mesmo desse princípio básico basilar indica-nos o contrário.
Os nossos decisores políticos porque será que não pensam sobre segurança social, reformas. Que proteção queremos dar às gerações futuras? Todos já percebemos que como está não é possível manter-se. Sim, é hoje. Que se deve pensar, pensar e falar. Continuar a garantir tudo a todos? Quem pagará amanhã? Por que também faz parte do problema. O nosso dinheiro coletivo, impostos, orçamentos nacionais, bazucas, PRR, Portugal2020 ou 2030. União Europeia, câmaras municipais, juntas de freguesia, será que tudo isto foi utilizado de forma a que o cidadão comum seja o centro da decisão? E que todos possamos beneficiar comunidade nacional e local. Porque na maioria das vezes fala-se milhões, milhares que se vão gastar, mas nunca se fala no retorno financeiro. Qualidade de vida, melhoria da mesma. Porque é para isso que estamos cá. Não sei se é desnorte, ou falta de bússola dos timoneiros, sentimos todos na pele as consequências, falta um destino objetivo, para que todos nos possamos envolver mais na procura sincera das melhores soluções para as nossas comunidades.
Ponto prévio.
E uma realidade, nunca vimos tantas obras a realizar-se ao mesmo tempo na nossa cidade. Isso é bom. A minha dúvida não é com o técnico, mas sim como munícipe. A nossa cidade está preparada para receber estas mais valias, foi pensado o trânsito, acessos, estacionamentos, mobilidade de fora para dentro? As nossas freguesias também querem usufruir destes espaços. Porque se é futuro, queremos uma cidade inclusiva de todos para todos...
* presidente da CPC do CDS-PP