Poesia combina com pôr-do-sol

Carregosa Freguesias

O escritor oliveirense Luís Aguiar esteve no Terraço Superior da Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, na tarde de sábado, onde fez a segunda apresentação do seu 10.º livro, ‘Respirar pássaros como se o sol doesse’, num sunset literário. O livro conta com 67 poemas e aborda “questões transversais à vida humana”, como “a perda, o silêncio, o mar, a música, a sede, a casa, as ruas, o exílio, a paixão e o adeus”, explicou o escritor ao Correio de Azeméis. “O meu processo criativo é essencialmente definido por imenso trabalho de leitura e pesquisa, sobretudo em silêncio e enclausurado”, confidenciou Luís Aguiar ao adiantar que a obra “abraça” alguns dos locais que visitou e que “imortaliza” num poema, entre eles a Serra do Açor, a livraria do Mondego, em Coimbra, e a Aldeia de Drave, em Arouca. O poeta dedicou o poema ‘Pasolini’ ao seu mestre, Amadeu Baptista, o seu “pai poético”. Já à sua “mãe”, Ivone Bastos Ferreira, que foi sua professora na Escola Secundária Ferreira de Castro, dedicou o poema ‘O vazio da cidade’. “Foi das primeiras pessoas a ler e a corrigir os meus primeiros poemas. Recordo-me, com saudade, das lições e dos conselhos ‘duros’ que me dava”, acrescentou. O autor fez-se acompanhar pela poetisa e tradutora Sara Costa, uma amiga que, segundo Luís Aguiar, foi a autora da melhor definição desta obra de poesia na Revista Caliban, que trabalha a reflexão comum e a partilha de ideias com base na produção de textos de caráter diversificado. No evento estiveram ainda presentes a vereadora da Câmara Municipal, Ana de Jesus, e o presidente da Junta de freguesia de Fânzeres, no concelho de Gondomar, Pedro Miguel Vieira, responsável por premiar e patrocinar a edição deste trabalho poético, vencedor na 28.º edição do Prémio Nacional de Poesia, dinamizado pela Vila de Fânzeres. “Foi dos melhores prémios literários onde estive e fui muito bem recebido”, afirmou o escritor. Luís Aguiar, de 41 anos, natural de Oliveira de Azeméis e mestre em Línguas e Relações Empresariais pela Universidade de Aveiro, reside atualmente em Águeda e trabalha numa empresa do ramo da dermocosmética, em Oiã. “Nunca perdi ligação com a cidade, acompanho à distância, mas com regularidade, as movimentações culturais e políticas em Oliveira de Azeméis”, confessou. Para além da escrita, é atleta de karaté, estuda guitarra e já tirou um curso de fotografia. Livros publicados e premiados em concursos literários: ‘O muro onde a sombra persiste’ (2017); ‘Quantas madrugadas precisamos para fermentar um pão?’ (2016); ‘Desarrumação do frio’ (2011); ‘Intemporais mares do tempo’ (2008); ‘Urbanos’ (2007) ‘Filhos raianos’ (2006), ‘Rostos descalços’ (2006); ‘Luz extinta’ (2004); ‘A voz do silêncio’ (2000)

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