Em
Correio de Azeméis

15 Feb 2023

Politicamente (in)correto

CHEGA

Manuel Almeida *

No passado dia 6, acordamos para um novo dia e para uma nova semana de trabalho com uma notícia de mais uma catástrofe provocada por um sismo que abalou a Turquia e a Síria. Mais uma tragedia com perda de vidas humanas e um rasto de destruição!

Em Portugal existiram 3 grandes sismos: em 1531 com uma magnitude de 8,5 na escala de Richter provocando mais de 30 mil mortes em Lisboa, em 1755 com uma magnitude de 8,7, estimando-se que o número de mortes tenha ficado acima dos 50 mil, e por fim, o sismo de 1969 com uma magnitude de 7,3 que tirou a vida a 13 portugueses.
Portugal encontra-se numa região onde não é frequente a ocorrência de grandes sismos, mas os que ocorrem podem ter uma magnitude elevada. Na Europa os 2 sismos de maior magnitude entre os anos 1000 e 2000 foram gerados ao largo de Portugal, a 1/11/1755 e a 28/2/1969.
Estes tipos de acontecimentos levam-me a uma pequena reflexão: o meu país estará preparado para sismos com esta magnitude?
O nosso país tem uma das legislações antissísmicas mais avançadas da Europa, datada de 1983, mas na reabilitação das construções antigas há um vazio legal.
O Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico diz que as câmaras querem controlar a reabilitação, mas não sabem como e cada uma fá-lo à sua maneira, esquecendo-se que a reabilitação é mais difícil do que a obra nova.
A recuperação e remodelação dos edifícios antigos muitas vezes não são respeitados, nem os materiais são originais e fragilizam-se constantemente as estruturas, eliminando pilares e paredes, cortando as barras de madeira nas construções em gaiola, o que é extremamente perigoso para a segurança dos moradores.
Quando os portugueses compram uma casa nova, construída de raíz, acham que estão 100% seguros, mas a realidade é bem diferente, porque a fiscalização é feita um pouco sem rigor tanto a nível do projecto como da obra, bastando uma simples declaração do projectista a dizer que cumpre a legislação antissísmica para o projecto ser aprovado.
E com o acréscimo de custos de um edifício, o que vemos é uma fraca resistência sísmica (abaixo 2% a 3% na maioria dos casos).
A verdade é esta: a segurança estrutural do local onde habitamos não faz parte das nossas preocupações. Assumimos que funciona. E no dia-a-dia, de facto, funciona. Até ao dia…
* Presidente da comissão política Concelhia do CHEGA
 

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