21 Mar 2025
>Espaço terá exposição permanente de Paulo Neves
A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis dinamizou na passada sexta-feira, dia 21 de março, a apresentação interativa do projeto de transformação da antiga Garagem Justino. O espaço vai tornar-se na Oficina das Artes: uma “resposta multifacetada no domínio das artes plásticas” e um novo centro de “formação” para os oliveirenses, segundo o autarca Joaquim Jorge.
Um café em relação direta com a rua, uma galeria temporária, uma galeria permanente, uma livraria temática, oficinas, escritórios, uma sala de conferências e um bar no terraço vão ser algumas das valências do novo espaço. Rui Lopo e Rita Carvalho, os arquitetos responsáveis pelo projeto de transformação, guiaram os visitantes por todos os pisos do edifício e, através de imagens projetadas, explicaram as suas ideias para o espaço.
“Tínhamos uma premissa muito forte de respeitar as fachadas e toda a memória do edifício. Fizemos uma análise das intervenções feitas ao espaço ao longo dos anos e encontrámos uma imagem onde temos uma fachada limpa com um vitral redondo e fomos recuperar a ideia original”, explicou Rui Lopo. O arquiteto deu conta de que a galeria temporária vai assumir quase toda a área do rés de chão do edifício e que a livraria temática vai procurar explorar as sete artes, desde a música, ao cinema e à dança.
De acordo com os planos, o espaço das antigas oficinas vai acolher as “oficinas didáticas”, nas quais as escolas e os oliveirenses vão poder criar workshops temáticos ligados às artes. O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, marcou presença na apresentação e aproveitou para sublinhar que o espaço vai ter também uma galeria permanente dedicada ao artista cucujanense, Paulo Neves. “Considero que é um dos melhores artistas portugueses, que tem não só uma grande expressão no país, mas também uma dimensão internacional absolutamente incontrolável”, sustentou.
O autarca socialista destacou ainda que este “espaço emblemático carregado de passado”, vai tornar-se num espaço “carregado de futuro”. Joaquim Jorge explicou que a transformação do espaço serve dois propósitos: “Preservar o edifício, a sua identidade e valor arquitetónico, a memória da empresa que aqui operou e a memória do seu fundador, o Sr. Justino Mateiro dos Santos” e “dar ao espaço uma nova vida, colocá-lo de novo ao serviço da comunidade oliveirense, mas desta vez com uma resposta multifacetada no domínio das artes plásticas.”
Rui Lopo aproveitou para terminar a apresentação com um compromisso. “Faremos de tudo para que estas imagens sejam, de facto, o resultado final: é isso que nos move. Esta é uma oferta diferente, que Oliveira de Azeméis merece.”