Que futuro para a Europa?

Helena Terra

> Helena Terra

No próximo dia 09 há eleições europeias. Portugal vai eleger vinte e um deputados para o parlamento europeu.
A ideia de uma europa unida surge nos anos cinquenta do século vinte, com o objetivo de pôr fim a conflitos sangrentos dos quais as duas guerras mundiais foram o exemplo e a devastação da segunda guerra mundial o empurrão evidente para o delinear das comunidades que antecederam a união europeia e que a permitiram.
Tendo começado por ser uma comunidade de tipo económico vai sofrendo grandes transformações, mormente nos anos oitenta do século anterior, com o alargamento a um grande número de países, aqui se incluindo a nossa adesão em 1985.
O que começou por ser um mercado livre de mercadorias, em 1993 transformou-se num espaço que garante a livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais, tendo passado a existir, assim, um mercado único europeu, desde 01 de janeiro de 1993.
Para sedimentar o grande mercado único surge a moeda única em 1999, sendo que, nos primeiros três anos, permaneceu uma moeda “virtual”, utilizada sobretudo por bancos e mercados financeiros. Para a maioria das pessoas, só se tornou uma moeda “real”, visível e tangível, em 1 de janeiro de 2002, data em que entraram em circulação as notas e moedas de euro, que agora são uma realidade para muitos milhões de pessoas na Europa.
Hoje, além dos objetivos da agenda 2030, grandes são os desafios que se colocam à Europa e que, se não forem resolvidos, porão em causa a sua própria sobrevivência.
Parece inevitável uma federação de estados que vá para lá do Tratado de Lisboa e que leve a pensar o todo da união sem que nenhum dos estados-membros perca a sua soberania nem a sua identidade.
O recente conflito russo-ucraniano deve levar a Europa a perceber a necessidade de criação de um exército único europeu, um orçamento europeu que não deixe os pequenos países de mão estendida à poderosa Alemanha e ao tigre de papel que é a França. Isto além da inacabada harmonização fiscal para facilitar a vida às empresas e evitar distorções da concorrência que acabam por desvirtuar aquele que é um dos maiores desígnios da união – o comércio livre de bens e serviços. 
A Europa ou se prepara ou os Estados Unidos da América, a Rússia e a China assumirão posições cada vez mais hegemónicas e de domínio territorial, militar e económico, controlando o mercado das matérias-primas, da mão-de-obra e dos capitais.
A campanha eleitoral que está prestes a acabar trouxe poucos destes temas para debate. Os principais protagonistas entretiveram-se com questões de maturidade ou falta dela e com questões de política nacional, permitindo caminho livre para os partidos extremistas passar as suas proclamações panfletárias. Ficamos sem saber se o não fizeram por falta de sensibilidade, por desconhecimento ou por impreparação. Certo é que a europa não se pode tornar numa insignificância.
 
Helena Terra, Advogada

Partilhar nas redes sociais

Comente Aqui!









PUB
Últimas Notícias
Os 51 anos do 25 de abril em OIiveira de Azeméis
25/04/2025
Oliveirense Bustamante foi segundo em Trancoso
24/04/2025
Agenda desportiva para domingo, 27 de abril
24/04/2025
Agenda desportiva para sábado, 26 de abril
24/04/2025
Agenda desportiva para sexta-feira, 25 de abril
24/04/2025
Nova creche de Ul vai ter o nome de Aldina Valente
24/04/2025
Escola de Dança Diana Rocha volta a conquistar troféus no All Dance Portugal
24/04/2025
Oliveirense Rui Carvalho no Top10 no arranque do GP O JOGO
24/04/2025