15 Apr 2025
“Hoje as pessoas vivem mais afastadas umas das outras e perdeu-se um pouco o sentido de comunidade. Mas uma terra, para ser forte, tem que sentir a comunidade”, sustenta a candidata
AUTÁRQUICAS 2025> Ana de Jesus é candidata à JF Cucujães
A antiga vereadora das obras particulares da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, vai candidatar-se à Junta de Freguesia de Cucujães. Após ter ponderado uma candidatura, depois de ter sido desafiada pelo Partido Socialista, Ana de Jesus confirmou a sua decisão.
Ana de Jesus é advogada e presidente da Academia de Música, tendo dedicado uma parte significativa da sua vida ao movimento associativo. A candidata veio até aos estúdios da Azeméis TV/FM para falar sobre a sua candidatura e percursos associativo e político.
INÍCIO DA VIDA POLÍTICA. “Quando tinha 13 ou 14 anos convidaram-me para participar num grupo de jovens católico. Entrei por incentivo forte da minha mãe e reconheço que essa decisão transformou o rumo da minha vida, porque conheci um grupo de pessoas que depois me chamaram para outras iniciativas. Quando me apercebi, estava envolvida em qualquer tipo de associação cucujanense e isso despertou os políticos para a minha pessoa.”
O PORQUÊ DA CANDIDATURA. “Sempre disse que haveria de ser presidente da Junta de Cucujães. O que Cucujães me deu merece da minha parte que eu lhe dê na mesma intensidade. Portanto, estou só a retribuir aquilo que recebi dos cucujanenses e daquela terra. Depois, também acredito que toda esta experiência que adquiri ao longo dos anos pode acrescentar alguma coisa à terra.”
PRESIDENTE A MEIO-TEMPO. “Não serei presidente a tempo inteiro. Vou manter a minha atividade profissional. Muita da nossa liberdade resulta da nossa independência económica e para mim isso é fundamental. Tenho que continuar a ser uma pessoa livre e, para isso, preciso de continuar a trabalhar, porque a política é uma passagem, não passa disso. Quero manter a ligação à profissão para quando sair da política.”
RECUPERAR O SENTIDO DE COMUNIDADE. “Hoje, as pessoas vivem mais afastadas umas das outras e perdeu-se um pouco o sentido de comunidade. Mas uma terra, para ser forte, tem que sentir a comunidade. Precisamos de voltar a criar esse sentido de comunidade, precisamos de nos sentir parte de alguma coisa, porque assim sentimo-nos responsáveis por ela. As pessoas que estão nos movimentos associativos têm este espírito.”