Rafaela Silva aguarda com serenidade a 13.ª cirurgia
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Nos últimos anos, o Correio de Azeméis tem acompanhado a história de Rafaela Silva, uma jovem que tem uma malformação no braço resultado de complicações durante o parto, no Hospital S. Miguel, em Oliveira de Azeméis. Durante muitos anos, foi submetida a diversas intervenções cirúrgicas no hospital público que, de acordo com a mãe, não surtiram efeito. Com 16 anos, continua a precisar de outra operação.
Marta Cabral
Inicialmente, Rafaela foi avaliada numa clínica privada, onde os médicos chegaram à conclusão de que o braço não estava a acompanhar o crescimento. É nesse membro que a jovem tem sido submetida a cirurgias, que implicam um enxerto dos tendões dos músculos. Em finais de agosto de 2017, quando Rafaela foi submetida a mais uma intervenção para um enxerto dos tendões dos músculos, as melhorias foram mais do que evidentes. E agora? Como está Rafaela?
A jovem, natural de S. Martinho da Gândara, já realizou 12 operações ao longo da sua vida e, no ano passado, seria a vez da 13.ª cirurgia. No entanto, a consulta que Rafaela Silva tinha marcada para dezembro de 2020 foi cancelada e, até hoje, não foi remarcada. “Julgo que a Covid-19 acabou por atrasar todos estes procedimentos”, considerou Rafaela Silva, em declarações ao Correio de Azeméis.
Uma vez que a jovem já foi operada imensas vezes, esta futura intervenção não a assusta. “Tenho um excelente apoio familiar e o hospital acaba por ser a minha segunda casa, uma vez que já estou habituada desde que era pequenina”, contou. “O meu braço é muito sensível e precisa de repouso, mas quando tiver de acontecer ser operada… Vamos a isso”, explicou.
Rafaela Silva frequenta o 10.º ano de escolaridade na Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior, em S. João da Madeira, no curso de Ciências e Tecnologias, e, para já, sonha em ir para a universidade e seguir a área da Medicina, na vertente de Pediatria, por exemplo. “Não sei se esta aspiração tem algo a ver com a minha própria condição mas, quando eu era mais pequena, fazia todo o sentido darem-me apoio”, afirmou Rafaela Silva. “Nenhuma criança deve passar por estas coisas sozinha. Apesar de tudo, esta doença não me define”, declarou, confiante.
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