“S. Martinho da Gândara tem potencialidade para se tornar no celeiro da região”

São Martinho da Gândara recebeu a primeira ‘Presidência aberta’, uma iniciativa  da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis que pretende estreitar laços entre o poder autárquico e a população. O presidente da câmara municipal Joaquim Jorge desafiou os são martinhenses a apresentar sugestões de políticas públicas que queiram ver implementadas na freguesia e no concelho.  Para o edil a freguesia tem tudo para se tornar “no celeiro da região”.

A ‘Presidência Aberta’ é uma iniciativa promovida pela câmara municipal inserida na ‘Agenda Estratégica Oliveira de Azeméis 2035’, que desafia todos os oliveirenses a pensar no que querem para o seu território até 2035.  Em declarações à Azeméis TV/FM, Joaquim Jorge começou por esclarecer que esta iniciativa pretende possibilitar “que a população colabore connosco na definição daquilo que querem para a sua freguesia e para o concelho  de forma a coresponsabilizarmos as pessoas naquilo que é o desenho das políticas públicas que vamos implementar”. Quanto ao futuro de S. Martinho da Gândara, e após ouvir a população, Joaquim Jorge reteve a necessidade de apostar em duas áreas, a modernização do setor agropecuário e forte aposta no turismo.  Para o autarca, São Martinho da Gândara é já o “celeiro do concelho e tem potencialidade para ser o celeiro da região” . António Marques, presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho da Gândara , referiu que “80% dos produtos frescos que são comercializados no Mercado Municipal de Oliveira de Azeméis são oriundos de São Martinho da Gândara”, a título de exemplo da importância da freguesia no setor.

O dia começou cedo, com a comitiva camarária a visitar a freguesia, acompanhada por António Marques, presidente da junta de freguesia. Ao final da tarde foi promovida uma sessão, onde o presidente da câmara municipal desafiou os são martinhenses a apresentar propostas de políticas que queiram ver implementadas na sua freguesia. Os fregueses aproveitaram a presença do edil oliveirense para denunciar alguns problemas, como o estado da rede viária, rede de água e saneamento, falta de habitação ou poluição nos lençóis freáticos. A par da modernização do setor agropecuário, a população também reivindicou uma aposta no turismo, nomeadamente  ligado ao desporto e natureza, destacando os trilhos que atualmente já trazem imensos praticantes à freguesia.

“Esta iniciativa é de louvar. Trazer o poder autárquico para verem a realidade da freguesia. Estivemos a conhecer as empresas da freguesia, que são empresas rurais. Fomos ver uma exploração agrícola de produção leiteira e a umas estufas onde são produzidos produtos agrícolas e flores. Estivemos a percorrer a freguesia a falar com algumas pessoas em pontos críticos, obras que estão a decorrer e obras que são necessárias para a freguesia”.

António Marques, presidente da junta da freguesia

“Esta freguesia tem características muito próprias. É o celeiro do concelho, mas como tivemos a ouvir tem potencialidade para se tornar no celeiro da região. Tive oportunidade de visitar duas empresas ligadas ao mundo rural, duas empresas absolutamente extraordinárias. Empresas que produzem produtos de grande qualidade  e que introduzem no seu processo produtivo muita incorporação tecnológica o que permite uma maior eficiência e rentabilidade. São experiências que temos que replicar neste território. Percebi que há uma dimensão turística que é importante”.

Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal