Uma homenagem aos missionários e um sonho de Paulo Neves

“E aqui queremos homenagear não apenas os Missionários que partiram, mas queremos também homenagear o povo de Cucujães, que desde a primeira hora acompanhou o Seminário, esteve connosco. É interessante relembrar que  na primeira viagem para Moçambique o povo de Cucujães acompanhou os Missionários até à estação de comboio, com uma banda de música e o lançamento de foguetes. Queremos ilustrar este momento, porque queremos que o claustro de Cucujães estejam novamente de portas abertas para receber não só o povo de Cucujães, mas também o povo das vizinhanças.  Há muita gente que não conhece este claustro que estamos a ver”, afirmou o padre Augusto Farias em entrevista ao Correio de Azeméis.
O monumento inaugurado no domingo, dia 26 de outubro, revela o reitor do Seminário das Missões de Cucujães, “é um pouco a síntese do  trabalho que se fez e, ao mesmo tempo, é um desafio que é lançado a nós”. E salienta: “ Lá no cimo da Cruz está uma pomba, símbolo do Espírito Santo, para enviar ainda hoje em Missão. A Missão ainda não acabou.  Hoje, talvez com contornos, mas hoje somos todos chamados a ir em Missão”.

O sonho de Paulo Neves
Paulo Neves foi o autor da escultura do Monumento ao Missionário. Na cerimónia de inauguração, o escultor cucujanense agradeceu pelo reconhecimento do seu trabalho. Mas o padre Augusto Farias revela que esta escultura “é um sonho já do pai dele, o senhor José Neves. Há muito tempo que ele sonhava com este Monumento ao Missionário”.
E acrescenta: “Também é uma homenagem ao irmão dele, que foi um grande missionário padre Neves que trabalhou em Moçambique e depois, mais tarde, no Brasil. Foi um homem que deu à Missão. E nesta obra está compendiado a Missão de todos missionários que partiram daqui”. O reitor do Seminário das Missões de Cucujães considera que o escultor cucujanense “quer, de certo modo, com esta obra imortalizar o seu tio e padrinho”. 
O monumento foi abençoado, no dia de inauguração, do padre Adelino Ascenso, Superior Geral da sociedade Boa Nova, que abençoou o monumento, e do presidente da câmara municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, que enalteceu o trabalho realizado. Contou também com a presença do Grupo Associação de Solidariedade Social dos Professores ASSP de São João da Madeira que abrilhantou o dia de inauguração com um momento musical.