23 Jan 2023
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CÂMARA APLICA COIMAS A EMPREITEIROS QUE SE ATRASEM NAS OBRAS
No dia 19 de janeiro, a sede da Junta de Freguesia de Cucujães foi palco da primeira reunião descentralizada do executivo camarário de Oliveira de Azeméis. A discussão do estado da rede viária do concelho foi tema amplamente discutido, com maior destaque para as vias da freguesia anfitriã, Cucujães. Questionado pela vereador social democrata, Carla Rodrigues, o presidente da câmara municipal afirmou que a “via do sudoeste não é uma prioridade”.
A via do sudoeste
A questão foi lançada pela vereadora do PSD, Carla Rodrigues. “O trânsito na rua professor António Joaquim Ferreira da Silva., fluxo de trânsito provocado pela Zona Industrial de Rebordões é preocupante. Estava previsto, há muitos anos, uma ligação daquela zona Rebordões ao Alto do Adão que depois canalizaria o tráfego para a autoestrada. Há alguma solução prevista?” Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal respondeu à vereadora, esclarecendo quais as prioridades do seu executivo. “Em relação à Zona Industrial de Rebordões, a via que está a falar é a via do sudoeste e a nossa posição sobre isso é clara. É absolutamente incoerente e contraditório, quando temos noção que os recursos são escassos, pensar em executar uma via que custa muitos milhões de euros quando temos a rede viária profundamente degradada. Não é neste momento, uma prioridade. Seria para nós uma prioridade terminar a via do Nordeste, concluindo algumas ligações, um ou outro troço que achamos que faz sentido para fazer ligações estruturais em determinadas zonas” .
As obras em Cucujães
A vereadora social democrata, Carla Rodrigues, apontou o dedo aos atrasos nas obras que decorrem em Cucujães, sendo extensa na lista de exemplos dados. “ A Rua Professor Leão foi apelidada da rua da vergonha. É, de facto, uma vergonha para todos enquanto autarcas que a rua continue naquele estado. Lamentamos que tenha sido necessário tanto tempo. As obras no anfiteatro são muito lentas. Quanto ao projeto da envolvência do museu é uma vergonha aquilo estar na circunstância em que está, que desfigura uma parte nobre de Cucujães. Muitas ruas na vila de Cucujães que estão num estado lastimável”. Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal, começou por afirmar que “preferimos demorar mais tempo, mas encontrar soluções definitivas que defendam o bom uso dos recursos públicos”. Lembrou que a “freguesia de Cucujães, à semelhança de outras, recebeu fortíssimos investimentos na rede viária”. Joaquim Jorge revelou que o executivo está atento e que “cabe â câmara fiscalizar as obras que são feitas”, dando o exemplo concreto das obras no anfiteatro ao ar livre de Cucujães. “A obra tem imensos atrasos. Aplicámos uma pesada penalização ao empreiteiro. Estamos a falar de 400 euros por cada dia de atraso”.
O que é a via do sudoeste?
O projeto inicial da via do sudoeste previa a ligação de várias freguesias de Oliveira de Azeméis, desde Cucujães, atravessando Santiago de Riba Ul, São Martinho da Gândara, Madail e Ul, terminando já na freguesia de Loureiro, passando encostada à zona industrial aí localizada, terminando na EN224.
Postos da GNR terão leitores de microchip para identificação de animais perdidos
Foi aprovado na reunião do executivo da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, a cedência de leitores de microchip aos Postos de Destacamento Territorial de Oliveira de Azeméis. Os postos de Oliveira de Azeméis, Cesar e Cucujães passam, assim, a ter a capacidade de identificar os donos de animais perdidos, que estejam devidamente ‘chipados’.
“Aquilo que se pretende é disponibilizar a cada um destes postos um leitor de microchips para que quando as nossas autoridades forem confrontadas com animais na via pública, ou animais abandonados, tenham um instrumento que lhes permita, eventualmente identificar o proprietário”.
Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal
“Uma cadeira” atrasa abertura do novo teatro municipal
A vereadora do PSD, Carla Rodrigues, questionou o presidente da câmara municipal, Joaquim Jorge, sobre a previsão do novo teatro municipal [antigo Caracas]. Joaquim Jorge explicou a peculiaridade que está a atrasar a previsão de abertura. Das 499 cadeiras, previstas no projeto inicial, somente 498 serão possíveis de alocar sem colocar em causa a legislação. O presidente da câmara municipal aproveitou a reunião de executivo para esclarecer a situação.
“A obra está praticamente concluída. O maior problema que temos, o que é irónico, tem a ver com uma cadeira. Uma das cadeiras ao ser instalada criava problemas com a legislação que existe. É um problema complicado fazer uma alteração do layout de uma sala e meter lá mais uma cadeira cumprindo a legislação. Mexe com o layout que foi apresentado inicialmente. Os projetistas andam meses para encontrar uma solução para este tipo de coisas. Nós pacientemente aguardamos que nos apresentem uma solução para caber lá a cadeira que estava no projeto inicial. Podemos tirar a cadeira, mas também alterará o layout e todo o processo terá que ser reformulado, de igual modo. O empreiteiro já instalou uma parte das cadeiras, não instalaram as restantes porque estão à espera de instruções”.
Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal
Aumento dos custos do preço dos resíduos sólidos urbanos preocupa presidente da câmara municipal
“Algo que nos está a preocupar profundamente, o preço dos resíduos sólidos urbanos. Os municípios que integram a ERSUC, a nossa empresa responsável pelo tratamento de resíduos sólidos urbanos, confrontou-nos com uma comunicação da ERSAR que autoriza a aumentar substancialmente os tarifários. Os 36 municípios que integram a ERSUC reuniram-se e decidiram tomar uma posição conjunta que foi veiculada pela ERSUC, mas também reforçada com muitas comunicações que foram feitas pelos próprios municípios diretamente quer para a ERSAR que para o ministro que tutela a área. O município de Oliveira de Azeméis foi um dos municípios que entendeu, também, fazê-lo de forma direta. Estamos a falar de aumentos substanciais nos custos de tratamento por tonelada de resíduos sólidos urbanos. Voltamos a ter um novo incremento substancial de preço que é incomportável para as pessoas. Os preços aumentaram 50% de 2021 para 2022 e agora falamos de novos aumentos de 50% já para 2023. Estamos a falar de uma operação que se traduzirá num aumento substancial para os munícipes e daquilo que é o custo para o tratamento dos resíduos que produzem”.