26 Jul 2022
Bruno Aragão *
No último fim-de-semana as Piscinas Municipais do Parque de La Salette foram encerradas por ordem da Delegada de Saúde. Aparentemente (aguardam-se as análises), os parâmetros bacteriológicos da água, que são regularmente verificados, assim o determinaram. Por mais aborrecido que seja, a saúde pública impõe-se e, como sempre, mais vale prevenir que remediar. Aconteceu algo semelhante nas piscinas de Vale de Cambra um dia destes.
Mas que é aborrecido, isso é. Consigo sentir a frustração de quem as utiliza porque, também eu, jovem estudante em férias, o senti. Lembro-me particularmente de uma tarde, de enorme calor, em que, com um grupo de outros colegas, pelamos desde a cidade para chegarmos à entrada e encontrar um papel a dizer encerrado. Os motivos, sinceramente, não me recordo. Imagino que não fossem muito diferentes dos que determinaram o encerramento no fim-de-semana, mas a minha memória não os guardou. Reteve, isso sim, aquela sensação de frustração, agravada pelo esforço de chegar a pé e pela ideia de ter que regressar sob o mesmo calor. Se na altura a internet já fosse uma realidade, teríamos certamente poupado a viagem e alguma frustração.
Infelizmente estas coisas acontecem e, na verdade, não estamos livres que se repitam. Com as exigências de saúde pública cada vez mais apertadas, por mais rigorosos que sejam os protocolos de tratamento, a prevenção será sempre imperativa.
Claro que no nosso concelho o sentimos mais do que noutros. São as únicas piscinas municipais de verão que temos e, por isso, o encerramento é mais penoso. Outros municípios, ao longo dos anos, construíram nos seus territórios mais do que uma resposta deste tipo ou investiram em praias fluviais. Não foi o que aconteceu cá, mas temos potencialidade para isso. Por agora, espero que as piscinas reabram rapidamente e, como noutros verões, muitos jovens guardem memórias tão boas como as que ainda hoje tenho.
* presidente da Comissão políticado ps de Oliveira de Azeméis