Bruno Aragão *
“O Parque da Cidade tarda em arrancar”. Transcrevo integralmente uma frase solta que o Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD aqui escreveu no início de setembro. Não teria reparado, não fosse alguém me ter abordado na rua: “estão sempre a pôr abaixo, já cansa”. De facto é uma afirmação totalmente falsa e, também de facto, repete, desde 2017, o mesmo discurso negativo. Agradeci a quem me abordou, disse que essas coisas são a espuma dos dias, mas fiquei a pensar.
É legítimo que se oponham a este investimento. É legítimo que não gostem que o terreno esteja já praticamente pago, ao contrário do que era prática na autarquia. É legítimo que não gostem que o Parque Urbano seja integralmente construído e pago com o orçamento municipal, resultado de uma gestão de rigor. É legítimo que não gostem que o terreno, o projeto e o investimento se tenham concretizado sem gerar passivos.
O que não faz muito sentido é, apesar disso, dar informações que não são corretas. Pode ser mais fácil, mas não faz muito sentido.
O Parque Urbano será uma realidade, mas olhar para a frente deve ser uma ambição coletiva. O que devemos estar já a discutir e a debater é, por exemplo, um corredor verde, que una o Parque Urbano e o Parque de La Salette. Um corredor verde que, passando pelo centro da cidade, consiga unir estes dois pontos com os grandes equipamentos: Praça da cidade, Teatro Municipal, Fórum Municipal, Paços do Concelho, novo Mercado Municipal. Como um fio invisível que une todas as pérolas e as torna um colar. São só ideias ainda, bem sei, mas é isto que nos deve mover.
O tempo passa. Passa até bem rápido e, por isso, é que as oportunidades não se podem perder. O que não se recupera, e sobre isso nunca a oposição falou, é o tempo que, durante anos, perdemos. Olhe-se o caso do saneamento! Mas há outros. Infelizmente para todos nós, oliveirenses, há outros.
* Presidente da Comissão Política Concelhia do PS