Visão de futuro

No próximo domingo faremos uma escolha sobre o país que queremos. Se aquele que temos vindo a construir desde 2015, se um outro, mais próximo do inverno social e do retrocesso de direitos que temos por garantidos. Cada um de nós fará a sua legítima avaliação, mas devemos, para isso, saber de onde partimos.
Desde 2015, e apesar de uma brutal pandemia, seguida de uma guerra na Europa e de uma pesada inflação, conseguimos grandes progressos. O país está a crescer mais do que crescia há oito anos e fomos mesmo o terceiro que mais cresceu em 2023 na União Europeia. A dívida pública está abaixo dos 100%. O investimento subiu, as exportações bateram recordes. O défice desapareceu. Os salários são mais altos, mas não devemos esquecer aqueles que achavam que o aumento de um salário mínimo 505 euros era um erro colossal.  O desemprego é mais baixo e o emprego está em máximo histórico. As pensões são mais altas. A pobreza é mais baixa. O abandono escolar desceu. Os alunos das universidades aumentaram. 
Não deixemos nunca que nos vendam um discurso errado sobre o que somos e o que fizemos enquanto país. Porque esse discurso não é sobre um partido ou sobre um governo. É mesmo sobre todos nós e sobre o nosso esforço coletivo. Até para quem defende um caminho diferente, ou tem propostas alternativas às que defendo, este legado e este percurso são um extraordinário ponto de partida. Tal como é um bom ponto de partida saber o que devemos melhorar, sobretudo no Serviço Nacional de Saúde e na Escola Pública, inteiramente públicos e nossos.
A consciência do que fizemos bem e do que devemos melhorar é o mais sério compromisso que assumimos. É essa consciência que nos obriga à humildade de reconhecer e assumir os fracassos. Mas também é ela que nos faz reconhecer as conquistas e saber do que somos capazes.
Acima de tudo, seja qual for a sua avaliação, não deixe de votar no que acredita. É assim que construímos um país.  
       

* Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista.