24 Jun 2024
Maria Valente *
A promessa de tornar Oliveira de Azeméis num lugar melhor para trabalhar, estudar, viver e investir foi renovada esta semana com a abertura da feira do livro no concelho, a primeira desde 2005.
Quando refletimos sobre melhor qualidade de vida no nosso concelho, é raro falar-se em cultura. No entanto, este último ano, Oliveira de Azeméis tem dado passos importantes para atrair jovens e talento (local, nacional e internacional) com iniciativas como o Prémio Literário Juvenil Ferreira de Castro, que premeia jovens escritores dos PALOP todos os anos; a reabertura do Teatro Municipal e apresentação do filme “Revolução sem Sangue” de forma gratuita, que mostra como o concelho consegue democratizar o acesso à cultura; e agora, com a reativação da Feira do Livro em Oliveira de Azeméis, com um cartaz com muitas atividades para as crianças (que precisamos de incentivar a ler) e com a presença de autores como Margarida Rebelo Pinto, Fátima Lopes e Luís Aguiar, é relançada a primeira pedra.
É verdade que a última feira do livro em Oliveira de Azeméis foi em 2005, há 19 anos! Não é uma ideia “nova” nem “original”, mas não tem de o ser para que a iniciativa seja corajosa: 50 anos depois do 25 de abril – quando muitos questionam os valores e a necessidade da revolução – é corajoso investir e modernizar o concelho para cumprir abril. Assim, Oliveira de Azeméis esforça-se para democratizar o acesso à cultura.
Eu vejo Oliveira de Azeméis, além de um pilar da indústria, um futuro pilar da cultura. Há muitos outros passos a dar, é verdade. Mas o caminho faz-se caminhando. Em 2024 Oliveira volta a ter uma feira do livro.
Como explicitou António Jorge Almeida, “pretendemos chamar as pessoas à biblioteca”. Num concelho que tem um dos maiores escritores portugueses, Ferreira de Castro, tem ainda mais sentido.
Esse objetivo está cumprido.
* Militante da Juventude Socialista de Oliveira de Azeméis