100 anos de pioneirismo

No próximo dia um de dezembro, a Escola Livre de Azeméis irá celebrar o seu 100º aniversário. 100 anos de muita história, de uma instituição que “não quer ser só desporto”, afirmou Paulo Martins, presidente da Escola Livre de Azeméis, no programa ADN Oliveirense da Azeméis TV/FM.  Para esse dia, está marcado o hastear da bandeira pela manhã, havendo depois o jantar de aniversário. Nesse jantar irá haver uma apresentação onde vai ser dada a conhecer a história da Escola Livre, através de uma linha temporal com todas as datas marcantes da instituição. No programa ADN Oliveirense, o presidente da Escola Livre de Azeméis falou sobre este novo desafio, na inauguração de um novo espaço para a cultura e na preocupação em formar pessoas, antes de atletas.

O desafio da Escola Livre
Custava-me um clube, onde o meu pai fez parte dessa direção, estar na iminência de fechar. Eu sou uma pessoa que, se me lançam desafios, eu vou para casa pensar e se o aceito é para agarrar. Em Oliveira de Azeméis não temos nenhum pavilhão com licença desportiva. Nos tempos do meu pai, o pavilhão da Escola Livre foi o primeiro no concelho de Oliveira de Azeméis. E agora espero, como segunda geração, que seja o primeiro pavilhão a ter licença desportiva no concelho. A Escola Livre tem um papel importantíssimo de dar a possibilidade que qualquer jovem continue a praticar desporto, mesmo que não seja atleta de elite.

Palco para a cultura
Vamos inaugurar uma sala, que poucos clubes podem ter o prazer de ter, que serve para dinamizar as atividades culturais do clube, algo que faz parte dos princípios do mesmo. Estamos a criar todas as condições para que possamos reatar essas atividades. Deixo desde já o convite, a todos os amantes de teatro, de música, que queiram abrir uma secção, a Escola Livre vai ter instalações para abraçar essas atividades, porque a Escola Livre não quer estar só ligada ao desporto. E é por aí que a Escola Livre vai ter um papel importantíssimo na comunidade oliveirense. Vamos mudar completamente o paradigma que existe. 

Formar pessoas em primeiro lugar
A Escola Livre continua a ser importante para a comunidade oliveirense, para dar oportunidade a todos os atletas que não conseguem ser selecionados e escolhidos pela Oliveirense. A Oliveirense tem equipas de elite para serem campeãs nacionais ou internacionais, mas isso resume-se a 10 atletas. E os jovens que gostam de hóquei são só 10? E aí é que está a singularidade da Escola Livre. A Escola Livre gosta de ganhar, ninguém gosta de perder. Mas gostamos, acima de tudo, de valorizar as pessoas e dar a oportunidade a que as pessoas pratiquem desporto e se sintam bem. Nós não queremos formar atletas sem primeiro formar pessoas. E isso é uma das nossas principais preocupações. 

A requalificação do pavilhão
Fizemos a primeira candidatura ao IPDJ e foi aprovada, mas depois, quando foi preciso apresentar os documentos, não reunimos todos os necessários dentro do prazo estabelecido e um deles dependia da câmara, que era uma licença de obras, uma coisa muito simples. Entretanto, nós acabámos por responsabilizar a câmara e aí, principalmente o vereador do Desporto, preocupou-se em reunir-nos várias vezes com a vereadora das Obras. Depois passámos para uma segunda dificuldade, que era o parecer do IPDJ, que para que desse um parecer favorável à câmara municipal, obrigava a remodelar o pavilhão com umas obras de fundo, inclusivamente demolir balneários que tinham sido feitos recentemente, porque não estavam dentro das normas que o IPDJ exige.