10 Oct 2022
Urb@nidades - Rui Nelson Dinis
O “Correio de Azeméis” nasceu em dia da celebração, ligado aos ideais da República Portuguesa, mas o seu cariz foi sobretudo regional e local, tratando em detalhe a história e a vida das terras de Azeméis.
O jornal “Correio de Azeméis” completou 100 anos de vida, sendo um dos 50 periódicos centenários dos países da lusofonia (com tal existência e duração contínua, no Brasil e em Portugal), assinalados numa vibrante e afetuosa cerimónia no passado dia 5 de outubro.
Sou um honroso e feliz articulista do “Correio de Azeméis”, um jornal que faz parte da minha vida, da minha história e da minha terra. Tenho orgulho neste mensageiro da identidade, verdadeiro acervo da história de vida, do território e da gente que me viu crescer.
Desde a minha infância, ainda em Angola, recordo o meu avô Agostinho, que lia semanalmente as notícias do “Correio de Azeméis”, no final das refeições, aos pacientes e atentos filhos e netos. A memória mais antiga, recordo, foi a épica reportagem da subida da União Desportiva Oliveirense a primeira divisão nacional, ainda nos anos 70. Depois disso, foram muitas as notícias sobre a vida comum.
Raras instituições tiveram oportunidade de contribuir tanto para a matriz de identidade humana, económica, social, cultural e desportiva de um território, como teve o “Correio de Azeméis” nestes primeiros 100 anos de vida. Um jornal moderno, independente, isento, dinâmico e pleno de energia, que hoje edita e pública com atualidade e rigor nas diversas plataformas e suportes, na imprensa escrita, rádio, televisão e no digital.
Parabéns ao Eduardo Costa, seu genial líder carismático, aos jornalistas, colaboradores, articulistas e patrocinadores deste “Correio de Azeméis”. Um especial abraço de carinho e admiração ao grande ex-diretor (quase meio século), o Professor António Magalhães, também meu professor da escola primária. Foi uma enorme emoção poder estar presente.
Eduardo, foi bonita e merecida a festa! Conta comigo para os 200 anos, mesmo não estando certo de aqui estarmos ambos, mas seguros e desejosos de que esteja então o “Correio de Azeméis”, para assinalar o vosso merecido lugar nesta história.
Muitos parabéns!