38 anos de "contributo social e económico” em Oliveira de Azeméis

Concelho

Teresa Bernardino, diretora do núcleo de Oliveira de Azeméis do CENFIM

>40.º Aniversário do CENFIM

No âmbito das comemorações do 40.º aniversário nacional do CENFIM, Teresa Bernardino, diretora do Núcleo de Oliveira de Azeméis, passou em revista a história local da instituição. Com 38 anos de atividade no concelho, o centro afirma-se como uma referência na indústria metalomecânica, orgulhando-se de instalações de ponta e de uma taxa de colocação no mercado de trabalho praticamente total, num momento em que a falta de mão de obra qualificada continua a ser o maior desafio.

O CENFIM (Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica) celebra quatro décadas de existência no país, mas em Oliveira de Azeméis a história escreve-se há 38 anos. Durante a cerimónia comemorativa, Teresa Bernardino recordou o percurso do núcleo que lidera, sublinhando a evolução estratégica das infraestruturas para responder às exigências da indústria.
“Estamos em Oliveira de Azeméis há 38 anos, quase 39 para o ano que vem”, começou por esclarecer a diretora, recordando que o crescimento do núcleo obrigou a várias mudanças de instalações até à atual localização, o que permitiu um salto qualitativo na capacidade formativa: “Se antigamente tínhamos uma oficina de soldadura com seis postos, nós hoje podemos nos orgulhar em ter uma oficina de soldadura com 16 postos. Não há qualquer escola que consiga ter este número”.
Para além da soldadura, a responsável destacou o investimento na modernização tecnológica, nomeadamente com a inauguração, em dezembro de 2022, daquela que classificou como “a maior, a melhor e a mais bem equipada academia de CNC”, em parceria com a HAAS.

Uma resposta à "falta de mão de obra qualificada"
Com a indústria metalúrgica e eletromecânica a enfrentar uma escassez crónica de recursos humanos, Teresa Bernardino foi perentória quanto ao papel do centro na mitigação do problema, embora admita que a procura supera a oferta. “À medida que os convidados vão chegando, muitos empresários batemos sempre na mesma tecla: Falta de mão-de-obra qualificada”.
A diretora garantiu que quem passa pelo CENFIM tem garantias de trabalho. “Dizem uns números que [a empregabilidade] ronda os 90%, mas eu costumo brincar a sério que são de 100% ou 200%, porque só não fica na área de quem não quer”. O segredo, segundo a mesma, reside na proximidade com o tecido empresarial para garantir o "casamento" perfeito entre formando e empresa.

Formar cidadãos, não apenas técnicos
Apesar do forte cariz técnico, a intervenção sublinhou a vertente humana da formação. “No CENFIM não formamos apenas técnicos, não é isso que temos. Temos a missão e o dever de formar cidadãos”. A diretora enfatizou a importância de preparar os formandos para o trabalho em equipa e para o relacionamento interpessoal, referindo atividades intergeracionais e de cidadania como parte integrante do currículo. “É muito importante que os jovens saibam lidar com as pessoas de mais idade”, exemplificou.
A encerrar a sua intervenção, Teresa Bernardino apresentou os números que espelham o impacto do núcleo na região. “Em Oliveira de Azeméis, nos nossos 38 anos de atividade (...) passaram por nós 32 mil formandos”. Atualmente, o núcleo movimenta cerca de mil formandos por ano , mantendo o compromisso de “contribuir para o fortalecimento do tecido empresarial”.
“Somos uma referência a nível de mão-de-obra qualificada que muitos de vocês têm nas vossas empresas”, concluiu Teresa Bernardino.

 

“O CENFIM é demasiado valioso para o perdermos”
A encerrar a sessão, o presidente da Câmara Municipal dirigiu-se aos presentes com uma mensagem de reconhecimento institucional e alerta estratégico. Joaquim Jorge começou por elogiar a “família do CENFIM” e o empresário António da Silva Rodrigues:  “um ser humano extraordinário”, disse . 
Num tom reflexivo, o edil utilizou uma analogia sobre a natureza humana para dimensionar a importância do centro de formação: “Nós muitas vezes só valorizamos a liberdade quando nos sentimos privados dela (...) O CENFIM é demasiado valioso para o perdermos e queremos continuar a tê-lo no nosso território”. A finalizar, o autarca expressou a sua “profunda gratidão” pelo trabalho do núcleo ao longo de quase quatro décadas, garantindo que o caminho para o futuro passa obrigatoriamente por “apostar nestes centros de produção de conhecimento”.

Concurso de fotografia com 500 participações 
Em momento anterior tinham sido revelados os vencedores do concurso de fotografia, focado nos “bastidores da indústria” e da formação, contou com cerca de 500 participações a nível nacional, tendo Oliveira de Azeméis arrecadado “50% dos prémios” atribuídos nesta categoria.
“Tentar divulgar é tentar atrair”, explicou a organização sobre o objetivo do concurso, lembrando a necessidade urgente de combater a falta de mão de obra no setor. O grande vencedor da noite foi Rafael Santos, um ex-formando do centro. Ao receber o prémio foi recordada a sua história pessoal: Quando foi para o CENFIM, deixou de lado o sonho que tinha, a fotografia, provando com esta distinção que manteve o ADN artístico mesmo dedicando-se à área técnica.
Os restantes lugares do pódio foram ocupados por fotos captadas nas empresas Moldoplástico (terceiro prémio), enquanto a Gestamp (representada pela diretora do núcleo de Arcos de Valdevez) arrecadou o segundo lugar.

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