50 anos, 50 poemas

Loureiro Concelho

Rui Luzes Cabral, ladeado por Mário Máximo (esquerda) e Jorge Castelo Branco

LOUREIRO > Rui Luzes Cabral lançou “9 de maio”

Rui Luzes Cabral celebra a vida através da poesia.

Passados seis anos do lançamento do seu primeiro livro “Como Pássaro Novo a Sair do Ninho”, e num ano em que comemora 50 anos de vida, o vice-presidente da câmara municipal de Oliveira de Azeméis, lançou o segundo livro, intitulado “9 Maio”,  editada pela Senda, com 50 poemas, que foi lançado na sexta-feira, dia 21 de novembro, no auditório da junta de freguesia de Loureiro. A obra teria de ser lançada na sua freguesia, não podia ser de outra forma, assume o autarca-poeta.
Mais que celebrar a vida pela poesia, o Rui (é assim que gosta de ser tratado), refere que gostaria que a própria vida fosse poesia. Casado, 50  anos, e com três filhos,  teve uma infância numa família onde a lavoura era uma ocupação diária, e onde sempre se cultivaram os valores católicos, o gosto pela música e pelo serviço às pessoas, o que o levou a que sempre quisesse envolver-se em atividades de poesia. 
Em “9 de Maio” está impressa uma poesia de afeto.  É  também porque é um livro de memórias e lembranças, e é uma espécie de diário. As origens estão plasmadas logo na capa. É uma imagem captada no dia 14 de outubro - dois dias depois das últimas eleições autárquicas -, pelas 17h55, num dia em que vestiu o fato de agricultor, como tantas vezes faz, e passou a tarde a debulhar milho com o pai.
Ao assinalar a data e a hora é possível escrutinar o Rui poeta, assinala Mário Máximo, um amigo que o escritor Ferreira de Castro conseguiu unir há três anos, e que se deslocou desde Lisboa até Loureiro de propósito para apresentar o livro. “Dois poemas foram escritos de manhã, onze poemas foram escritos à tarde, treze durante a noite e, por fim, vinte e quatro escritos, imagino, pela madrugada. Podemos concluir que o 9 de Maio é, essencialmente, um livro de criação noctívaga, pois 37 dos 50 poemas são escritos a partir das vinte horas. O que é normal se atentarmos ao facto de a atividade principal do autor ser de autarca. Ou seja, sem tempo para escrever (35:51) durante a manhã e durante a tarde”, vincou Mário Máximo, 
O editor Jorge Castelo Branco, da Seda Publicações, também este presente lançamento do livro. É um amigo, um entusiasta de escrita,  que tem ajudado centenas de autores, nos mais diversos estilos literários, a partilharem a sua escrita com o mundo. Em Oliveira de Azeméis já editou livros de Helena Terram, Óscar Amorim ou Ana Margarida Ramalho. Sobre o trabalho de Rui Luzes Cabral afirma: “Se há algo concreto e definido na poesia e no Rui é a honestidade  para com ele e para com todos os outros. A poesia,  para o Rui, é uma mensagem, é uma letra. Ele não se escusa atrás de palavras. Ele escreve direto. E escreve estabelecendo um fio de comunicação entre quem lê e quem escreve”,
A edição do segundo livro não estava nos planos de Rui Luzes Cabral.  Pelo menos tão cedo. Justifica a concretização por uma junção de acasos. “Não estava a contar minimamente editar este livro agora, tão cedo. Passados poucos meses de ter lançado o primeiro livro  escrevi Este meu mar. Gostei mesmo deste poema. Depois escrevi mais um ou outro, e fui andando até que chegou a uma altura, quando escrevi o poema para a minha sogra, foi contar e já tinha quarenta e tal poemas, e faltavam dois anos para 2025, dois anos para celebrar 50 anos. E começou a surgir vagamente a ideia, de porque não publicar  50 poemas nos 50 anos. E  foi essa a razão pela qual as coisas se precipitaram”, explica.  
 

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