“A banda deve a sua existência à comunidade”
Concelho
O concerto de tributo à comunidade pela Banda Musical de Fajões foi o primeiro espetáculo da coletividade após meses de paragem devido à pandemia da Covid-19. Devido às normas impostas pela Direção-Geral da Saúde, a entrada no recinto foi limitada aos lugares sentados existentes.
O dia 15 de agosto não foi escolhido ao acaso até porque, segundo o responsável pela coletividade, é uma data em que, “por tradição”, as filarmónicas estão ocupadas com romarias.
“É um dia simbólico para as bandas filarmónicas”, explicou o presidente da Banda Musical de Fajões, António Aguiar, em declarações à Azeméis TV. “A banda deve a sua existência à comunidade, até porque é ela que mantém viva esta associação. Nesta época estranha, foi um tributo à comunidade mais do que merecido”, acrescentou.
Com quase um século de existência, o concerto também foi uma forma de voltar a reunir os músicos e de “matar saudades”. O espetáculo fez-se com apenas dois ensaios, apesar de o repertório não ser novo.
“Pegámos em repertório já existente e com dois ensaios montámos um espetáculo de qualidade, que só é possível porque temos músicos de excelência”, afirmou António Aguiar. “Quando assim o é, é fácil”, enfatizou, com um sorriso.
Apesar de desejar um regresso à normalidade o mais depressa possível, foi com emoção que o responsável da associação classificou o encontro musical. “Este dia, para mim, foi de muita satisfação e emoção. Foi o reviver e estar com esta gente que eu gosto tanto. Foi ver os amigos outra vez”, concluiu, dado que alguns dos músicos da banda já não se viam desde fevereiro, o mês do último ensaio da filarmónica.
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