A cidade vai ter McDonald´s

Na reunião de executivo desta quinta-feira, foi aprovado o início de procedimento de alteração simplificada da alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) referente ao terreno sito na Rua Professor Arnaldo Costeira, e que servirá a possível instalação do McDonald’s. Concretamente, o terreno situa-se na rotunda de acesso do IC2 ao centro de Oliveira de Azeméis, na zona de acesso à Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa, em frente à escola de dança Fábrica das Artes. 
“Esse terreno está classificado no PDM como um espaço para estacionamento público, mas existe intenção de um investidor de construir, no local, um restaurante de fast food”, referiu o presidente da autarquia, Joaquim Jorge, justificando a alteração ao Plano Diretor Municipal para a redefinição do “uso do solo”. 
Oposição considera que localização põe em causa os interesses de desenvolvimento urbanístico do município
Apesar de concordar com a instalação do restaurante de fast food em Oliveira de Azeméis, uma vez que considera ser um fator atrativo de visitantes, de dinamismo, e um bom investimento em qualquer concelho, Carla Rodrigues (PSD), questionou o executivo se a localização escolhida é a mais adequada. A vereadora social democrata referiu que o local é, de facto, vantajoso para o investidor, por se situar na saída do IC2, mas pergunta se está de “acordo com o desenvolvimento urbanístico” pretendido para a cidade. “Aquele local é uma entrada problemática de Oliveira de Azeméis”, referiu. 
Joaquim Jorge respondeu garantindo que foram estudados e apresentados vários locais, no entanto, a “escolha do investidor recaiu sobre aquele terreno”. Segundo o edil oliveirense este é o local mais vantajoso para o empresário porque beneficia dos consumidores locais e dos consumidores de passagem que circulam na IC2. 
Para aquela localização estava anteriormente prevista a construção de um parque de estacionamento público, solução que Joaquim Jorge não considera vantajosa para a cidade. 
 “Os empresários defendem os seus legítimos interesses, cabe-nos a nós defender os nossos”, concluiu o presidente do executivo. 

Requalificação Sindicato dos Vidreiros do Norte, em Bustelo, vai ser lançado a concurso 
O edil oliveirense deu conta de que, ainda na semana da reunião do executivo, iria ser lançada a concurso a requalificação do Sindicato dos Vidreiros do Norte, um espaço adquirido pela autarquia há alguns anos e que, desde então, “não tem cumprido nenhuma função em especial”. O objetivo é que o espaço adquira uma dimensão “expositiva”, associada ao centro vidreiro, assim como um local que permita a realização de workshops, e várias atividades relacionadas com o ensino da fotografia.
“O que estamos a fazer é procurar fazer uma distribuição geográfica pelo concelho de um conjunto de equipamentos e procurar ter um roteiro visitável não só para o público mais sénior, mas, também, para os jovens das nossas escolas permitindo que tenhamos ali um laboratório de imagem”, referiu Joaquim Jorge. 

Autarquia faz programa de captura, esterilização e devolução de gatos errantes
Em reunião de câmara foram aprovadas um conjunto de normas do programa captura, esterilização e devolução de gatos errantes que “disciplinam a figura do cuidador e as suas obrigações”. Segundo Joaquim Jorge, o objetivo do executivo é controlar a “sobrepopulação de gatos” e a gerir as colónias, através do processo de esterilização. Assim, as 13 normas aprovadas permitem a definição da responsabilidade do cuidador, mas também as regras que as colónias de gatos ao seu cuidado devem respeitar e obedecer. 

Câmara já adquiriu terreno para o Parque Urbano Inclusivo por 45 mil euros 
O terreno localizado entre a Escola Secundária Soares Basto e a Biblioteca Municipal e que se entende até à Escola Primária da Fonte Joana, está projetado para dar lugar a um Parque Urbano Inclusivo e já está na posse da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que o adquiriu por 45 mil euros. Segundo o presidente do executivo, “trata-se de um parque com cerca de sete mil metros quadrados”, que “promove a acessibilidade inclusiva, pensado para ser utilizado por pessoas com mobilidade reduzida e, também, da comunidade escolar”. Com a aquisição do terreno para património municipal, a autarquia deixa de ter de pagar 180 mil euros, depois de ter-lhe sido proposta uma renda mensal de 500 euros para a cedência de utilização durante 30 anos. 

Jorge Paiva diz que as “ruas estão um caos”
No período dedicado à intervenção do público, Jorge Paiva, da freguesia de Fajões, referiu-se, entre outros assuntos às ruas do município que, na sua perspetiva estão “um caos”. “Há buracos por todo o lado. É preciso ver para crer”, referiu. “Temos muitas ruas em mão estado em todo o concelho, é um facto. Em Fajões particularmente, porque é uma freguesia que não foi comtemplada com o plano de intervenção de requalificação de vias que outras freguesias tiveram. Havia esse projeto para várias vias, mas surgiu a oportunidade de fazer a rede de água e saneamento e pararam as pavimentações”, respondeu o edil oliveirense, Joaquim Jorge.