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Correio de Azeméis

21 Oct 2024

“À conversa com…” Inês Cardoso e Manuel João Vieira

Concelho

A diretora do Jornal de Notícia, Inês Cardoso, e, o artista plástico, Manuel João Vieira, debateram o tema: ‘Liberdade de expressão e liberdade de imprensa’

Integrada nas comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a biblioteca municipal, em parceria com o Rotary Club de Oliveira de Azeméis, recebeu, na passada quarta-feira, uma nova sessão “Cinco décadas cinco debates”. O tema em debate foi a ‘Liberdade de expressão e liberdade de imprensa’ e contou com a presença dos convidados Inês Cardoso, diretora do Jornal de Notícias, e Manuel João Vieira, artista plástico, músico e professor universitário.

Antes do início do debate, o diretor do jornal Correio de Azeméis, Eduardo Costa, subiu ao palco para apresentar a curiosa história da edição censurada em 1972. Existe apenas um exemplar, que está na posse do antigo diretor do jornal, António Magalhães, que o guardou religiosamente durante mais de 50 anos. Tendo queimado no quintal da sua casa os restantes 1.499 exemplares daquela edição.

Até onde vai a liberdade de um jornalista? Foi este o mote para o início da conversa, no qual a diretora do Jornal de Notícias, Inês Cardoso, considerou que “se é verdade que em teoria um jornalista é livre para ir onde quiser, e é esse o papel de um jornalista procurar o mais possível a aproximação à verdade, depois temos um quadro de fortes limitações, desde logo económicas”, começou por atirar.

A diretora do diário prosseguiu expondo a sua opinião de que é “contra subsídios diretos [do Estado à comunicação social], embora haja muitas pessoas que consideram que neste conceito de interesse público da informação, esta tem de ser valorizada pela comunidade e o poder político, mas acho que nos deixa vulneráveis os subsídios diretos e há muitas formas de apoiar a comunicação social sem ser assim e algumas delas fazem parte do pacote de medidas apresentado pelo Governo”, argumentou.
Já na visão mais cultural e artística, Manuel João Vieira, considerou que em Portugal a arte sempre “esteve associada a alguma marginalidade”. Nesta questão de atribuição de subsídios por parte do Estado e a independência, neste caso da arte, o mesmo relatou que, em tempos, cerca de 500 artistas plásticos portugueses decidiram eleger, anualmente, entre pares uma assembleia de cinco artistas representativos, que geriam os apoios e a forma como eram distribuídos. “A experiência foi muito interessante, nós tínhamos todos opiniões muito discordantes”, contou.

A próxima sessão promovida pelo Rotary Club de Oliveira de Azeméis, em parceria com a biblioteca municipal, acontece no próximo dia 18 de dezembro, com Miguel Poiares Maduro e Vitor Rodrigues que vão debater ‘Portugal e o Futuro da Europa’.

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