25 Jul 2022
Destaques Entrevistas - ADN Oliveirense com Helena Terra Concelho
CEO, AMADEU PEREIRA, REVELOU DESE
Amadeu Pereira, proprietário da Reve de Flo, uma empresa de calçado sedidada na Área de Acolhimento Empresarial de Loureiro, esteve à conversa com Helena Terra, no programa ‘ADN Oliveirense’, onde desvendou alguns segredos para ter conquistado o sucesso que tem hoje. Recentemente a empresa oliveirense tem dado que falar, para além de ter calçado as criações do estilista Dino Alves na Modalisboa, calçou, ainda, a Marcha da Bica, nos Santos Populares da capital. Amadeu Pereira tem 60 trabalhadores na fábrica e mais umas dezenas subcontratados, e o objetivo é crescer cada vez mais.
“Uma vida toda” ligada ao calçado: Na Reve de Flo desde 1987
“Comecei a trabalhar com 17 anos numa empresa de calçado em Oliveira de Azeméis, em 1980. Todo o meu percurso profissional foi feito neste concelho (...) Entrei para a Reve de Flo em 1987 e estive até 1995 como funcionário, mas já tomava conta da empresa (...) Depois passei a ter um quota até 2014. Depois a empresa foi-me quase empurrada para os braços e passei a deter 85 por cento. Foi um esforço grande, mas a Reve de Flo agora é da minha família”.
Marca tem ambição de expansão internacional
“A marca reve de Flo já nasceu há muitos anos, mas só agora é que comecei a elevá-la. Nestes últimos anos fiz um forcing grande para isso. Nos últimos oito anos da minha gestão, consegui seis PME Líder, quatro consecutivos, e a empresa foi sempre batendo recordes de faturação. Ultimamente tem havido um grande esforço para a marca ser reconhecida internacionalmente”.
Mercado Americano é o preferido
“O nosso mercado principal são os Estados Unidos da América, que é um cliente de um segmento muito próprio, que exige trabalhos muito rústicos (...) O mercado do calçado, como é sazonal e de modas, tem uma concorrência muito feroz. Como empresário gostava muito de poder pagar melhor aos meus funcionários, mas não podemos”.
A “escassa” formação jovem e a falta de mão de obra qualificada
“Tenho imensas reservas para o futuro da empresa do calçado. Há muita falta de mão de obra qualificada. Arranjar trabalhadores qualificados é quase como uma transferência muito cara no futebol (...) A juventude não quer trabalhar e são a realidade deste país. Além disso, há falta de formação (...) As escolas de formação não abastecem o mercado. A única formação que é dada e que há pessoas para recebê-la é estilistas e modeladores”.