“A situação não é idílica como parece”

Concelho

O fim do plano de saneamento financeiro foi abordado inicialmente pelo PSD na última Assembleia Municipal e discutido amplamente pelo PS, apesar de terem ambos chegado à conclusão que o pagamento da dívida de 32,5 milhões de euros é uma mais valia para o concelho de Oliveira de Azeméis. Recorde-se que desde 2008 que a autarquia oliveirense está sujeita a um plano financeiro de 34 milhões de euros, dos quais foram utilizados 32,5 milhões de euros. Ao longo dos últimos 12 anos, o município teve de liquidar este valor e, nos três últimos anos, foram pagos cerca de 11 milhões de euros. Na Assembleia Municipal, Fernando Pais (PSD) referiu-se a este plano de saneamento financeiro como algo que “marcou o município”. “Cumprir de forma integral com o plano de saneamento financeiro veio libertar recursos financeiros para outros investimentos”, começou por dizer o deputado. “Desejo apenas que a Câmara Municipal comece por desgravar as dificuldades que neste momento tem sob os seus munícipes. Os investimentos devem ser canalizados para eles”, considerou. Apesar de tudo, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis sublinhou que as consequências do plano de saneamento financeiro “se vão prolongar nos próximos anos”. “A situação não é idílica como parece e não devemos branquear esta história negra na nossa história coletiva”, declarou Joaquim Jorge. “Pagámos o plano de saneamento financeiro porque fomos obrigados mas temos que ter consciência que vamos pagar esta pesada herança nas consequências”, continuou, referindo-se à “ausência de vários investimentos”. No fim, o edil concordou que a conclusão do plano foi “uma boa notícia” e que terão condições para colocar o concelho de volta na “na senda do progresso”. Bruno Aragão (PS) juntou-se ao debate, enfatizando que o município oliveirense foi a primeira autarquia a recorrer a este plano. “Foi uma Troika que entrou em Oliveira de Azeméis nessa altura”, comentou. “35 por cento foi pago em menos de três anos pelo PS e é o fim de um ciclo que nos convoca para um novo debate para 2021”, concluiu, esclarecendo: “Não é por causa das eleições, mas sim por ser o primeiro ano sem este plano de saneamento financeiro”. Fernando Pais (PSD) realçou que esta é a altura de deixar de lado aquele “género de argumentação”. “Sabia exatamente os contornos financeiros que a Câmara passava na altura. O meu apelo é que, acabados esses constrangimentos, o município deve concentrar todos os seus esforços em investimento produtivo para uma melhor qualidade de vida dos oliveirenses”, sublinhou.

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