1 Apr 2025
Desbaste de “toda a vegetação ribeirinha, numa extensão superior a 150 metros”, na margem oposta à do Parque Verde, em Carregosa, é algo que, de acordo com Jorge Amorim, membro da ACMAP, “a lei não permite”.
> Associação Carregosense pede mais fiscalização
Recentemente um membro da direção da Associação Carregosense de Melhoramento do Ambiente e do Património (ACMAP), Jorge Amorim, fez chegar à redação do Correio de Azeméis, uma situação que “coloca em causa a biodiversidade do ecossistema, prejudica o escoamento correto dos caudais líquidos e sólidos, potenciando a erosão e o risco de acidentes em situações de cheia”.
A mesma prende-se pelo “desbaste de toda a vegetação ribeirinha, numa extensão superior a 150 metros”, na margem oposta à do Parque Verde, em Carregosa.
Desde maio de 2020 que a Associação Carregosense de Melhoramento do Ambiente e do Património (ACMAP), “tem trabalhado em prol do melhoramento e valorização do ambiente e património natural e edificado da freguesia de Carregosa”, pode-se ler em nota enviada ao Correio de Azeméis.
“O que tem acontecido é que depois desse trabalho estar executado, há muita gente que se aproveita, porque agora é fácil ter o acesso”, começou por referir Jorge Amorim, ao Correio de Azeméis, tendo acrescentado “começam a cortar as árvores que estão no leito do rio, fazem tudo indiscriminadamente, quando a lei não o permite”.
O comunicado enviado ao Correio de Azeméis destaca ainda que, apesar de “ao longo destes cinco anos, a ACMAP ter contado com o apoio da Junta de Freguesia de Cucujães, da câmara municipal e de muitos particulares e empresas, em sinal de reconhecimento da importância do trabalho desenvolvido, estes apoios não servem de nada para proteger o ecossistema ribeirinho, se as entidades de direito não fiscalizarem a atuação dos proprietários confinantes com as zonas ribeirinhas”, com Jorge Amorim a reiterar que a associação “não tem um caráter de fiscalização. Está atenta, vai passando a mensagem, mas depois chegamos à conclusão que não somos devidamente acompanhados”.
A ACMAP “vem por este meio apelar publicamente à câmara municipal para que o Núcleo de Competências de Ambiente e Conservação da Natureza, venha ao terreno com mais frequência para sensibilizar a comunidade e, atuar, quando necessário, em conformidade”, pode-se ler no comunicado.
Questionada sobre o assunto pelo Correio de Azeméis, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis não deu qualquer resposta.