Afinal, “sentir dor é bom sinal”

Saudável(mente) com a Dr.ª Fanny Martins

Fanny Martins *

(#Episódio4)

No quarto episódio do ‘Saudavel(mente)’, o programa da Azeméis TV/ FM, com a Dr.ª Fanny Martins, hipnoterapeuta, que promete levar até aos nossos ouvintes as melhores dicas e reflexões que potenciem a saúde emocional e mental, falamos sobre sentir dor, que, afinal, até pode ser bom sinal. “Referindo-me à dor emocional, mais vale sentir dor do que não sentir nada”, referiu Fanny Martins. 

Dor física vs dor emocional
“Claro que sentir dor física não é bom sinal, é doloroso e ninguém quer sentir. Mas eu refiro-me à dor emocional, e essa é que é bom sinal quando a sentimos, porque mais vale sentir dor do que não sentir nada”. 

O que é o embotamento afetivo
“O embotamento afetivo é a incapacidade de expressar ou de sentir emoções. Temos de estar atentos a este comportamento e se nos apercebermos que à nossa volta há algum comportamento que pode indiciar embotamento afetivo devemos agir (…) Isto pode estar associado a outro tipo de patologias, tais como à esquizofrenia, ao transtorno de personalidade esquizoide, a depressão, entre outras”. 

Como identificar este comportamento? 
“A questão da culpabilização, é aquela pessoa que se sente sempre muito culpada (…) Uma desmotivação constante e regular, aquela pessoa que nunca tem objetivos; o isolamento social também é um indicador do embotamento afetivo (…) um dos sintomas físicos é a perda de um sentido, por exemplo o paladar (…) O facto de alguém deixar de sentir prazer… entre outros”. 

Afinal porquê que é bom sentir dor? 
“Sentir dor faz parte de ser-se humano. Nós nascemos e começamos logo a chorar, porque isto é mesmo assim, o crescer dói, mas faz parte. Quando estamos felizes é preciso termos noção que vai haver momentos em que estamos mais tristes, mas nesses momentos mais tristes também sabermos que vai chegar o momento de estarmos novamente felizes”. 

Transformar dor em oportunidades
“É preciso termos consciência que estamos a viver uma dor e analisá-la. Temos sempre alternativas para percecionar o evento que me aconteceu e causou a dor (…) Posso olhar para ele como uma oportunidade de encontrar estratégias novas e soluções que antes nunca tinha pensado, ativando a racionalidade e o equilíbrio”  
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