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Correio de Azeméis

12 Jan 2024

André Sousa acelera para mais uma viagem pelo mundo

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Oliveirense André Sousa lança livro sobre a primeira viagem, no dia em que arranca para mais uma aventura.

> Oliveirense sai de Barcelos dia 27 de janeiro

Com 28 anos, André Sousa é já um nome conhecido por todos os cantos do mundo. Natural de Oliveira de Azeméis, desde muito jovem que gosta de motos e de aventuras.

 

Aos 14 anos já era piloto profissional de velocidade. Licenciado em gestão empresarial pela Universidade de Coimbra e com mestrado na Coimbra Business School, foi aí que surgiu a oportunidade de fazer um intercâmbio para o Brasil e por consequência, iniciar este mundo das viagens, sendo a primeira pessoa a dar a volta à América do Sul com uma moto de baixa cilindrada, percorrendo todos os países por via terrestre, em 120 dias, num total de 24 mil quilómetros.

Após voltar desse intercâmbio. André decidiu, antes de iniciar a sua vida profissional na área que se graduou, “que queria dar uma volta ao mundo e queria fazê-lo de uma maneira que fosse diferente, que fosse pioneira, que pudesse inspirar outras pessoas”, surgindo aí a ideia de dar a volta ao mundo com uma minimoto, com o projeto “Ride That Monkey”, em alusão à moto que André conduziu, uma Honda Monkey. No dia 27 de janeiro, parte para a segunda aventura, mas desta vez com o objetivo de, depois de atingir a maior longitude, conseguir o recorde de maior latitude e deixando a Monkey por casa, indo agora ao volante de uma Honda Africa Twin 1100. A partida será a partir de Barcelos, onde irá estar a vender o seu livro “Volta ao Mundo de Minimoto”, indo depois em direção ao Reino Unido ou Alemanha, para enviar a moto para Santiago, Chile, país onde vai começar esta primeira etapa da segunda viagem do oliveirense.

 

Volta ao mundo em 1000 dias

“Dar a volta ao mundo com uma minimoto, parecia um projeto impossível. Uma moto que vai a 50/60 quilómetros de hora de média, com as vibrações que tem, a posição em que se conduz aquelas motos, era muito difícil, daí nunca ninguém ter feito. Arranjei patrocinadores e na altura arranquei com cerca de 20% do budget que era necessário, a acreditar que na rua as coisas iam correr bem e que ia conseguir ultrapassar os desafios, mesmo a parte financeira, que é complicada neste tipo de projetos. Demorei mil dias a realizar uma volta ao mundo direta, sem nunca regressar a casa, e a passar por todos os continentes. Atingi todos os objetivos. Mesmo durante a maior pandemia do século que ninguém esperava”.

 

O melhor dos 54 países

“Adorei o México, foi um país, para mim, que eu não imaginava que ia gostar tanto, e fui recebido da melhor maneira. Eu tenho uma grande paixão pelos países latinos, e é também por essa razão que o próximo projeto vai se iniciar pelas Américas. Mesmo os Estados Unidos, que os portugueses e os europeus normalmente têm aquela ideia errada, que o americano é arrogante, foi também uma receção brutal. Eu não conseguia pagar um almoço, não conseguia. Eu parava na estrada, as pessoas viam uma matrícula estrangeira, europeia, e vinham e ofereciam o almoço”.

 

As histórias do livro

“A prisão no México, o atropelamento nos Estados Unidos, em que fui atropelado por um camião e que fiquei dois meses internado em Los Angeles, o terramoto na Turquia, em que fiz de repórter da CNN e da TVI, e durante seis dias era eu que fazia as reportagens todas, no Nepal em que fui raptado”, são algumas das histórias que poderá ler no livro que já está à venda nos locais habituais.

 

A segunda viagem

“O objetivo será ir ou para a Alemanha ou para o Reino Unido, para enviar a moto para o Chile. É o objetivo. Depois desço até Ushuaia, Argentina, que é o ponto mais a sul continental e depois ir até ao Alasca. São cerca de 50 mil quilómetros, só esta primeira etapa. Porque esta volta ao mundo espera-se que ultrapasse os 150 mil quilómetros. Desta vez vamos com uma Honda Africa Twin 1100. O motivo foi que, depois do acidente que tive nos Estados Unidos, impossibilita-me ir  de minimoto, tenho lesões para o resto da vida. Teoricamente até é necessária uma cirurgia no futuro, mas aqui na Europa não se apoia cirurgias à coluna enquanto ainda se caminha. Então fiz uma votação nas redes sociais, entre a Africa Twin ou a Monkey, onde votaram mais de 20 mil pessoas e 75% dessas pessoas votaram na Africa Twin, mas para mim a Monkey era um maior desafio”.

 

O melhor das viagens

“Não há nada que dê mais cultura do que realmente estar e dormir com os locais, ver como é que vivem. Além de conhecer monumentos e a história do país, depois conheces verdadeiramente a cultura, estando em casa das pessoas. Eu viajo por pessoas, não viajo por monumentos. Faço questão de conhecê-los por cultura geral e para ter cultura, mas o que me move a viajar são realmente as pessoas”.

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